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Podval culpa Estado pela 'burocracia' contra Gomes
Regiane Soares
Do Diário do Grande ABC
01/04/2004 | 23:52
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O advogado Roberto Podval disse nesta quinta-feira que responsabilizará o Estado e o secretário de Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, caso aconteça algo com seu cliente, o empresário Sérgio Gomes da Silva, que está preso há três meses acusado de ser o mandante do assassinato do prefeito Celso Daniel. Gomes foi transferido na segunda-feira da Cadeia de Juquitiba, na Grande São Paulo, para o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Pinheiros, na capital.

Se Gomes não voltar nesta sexta-feira para Juquitiba, o advogado disse que pretende entrar com uma ação na Justiça contra o secretário que determinou a transferência, segundo ele, Saulo de Castro. "A burocracia do Estado pode fazer com que uma pessoa morra na cadeia. Se o Sérgio morrer, o responsável será o secretário de Segurança Pública", afirmou Podval, sem citar o nome de Saulo de Castro.

Podval tinha a expectativa de que o empresário voltasse nesta quinta-feira para Juquitiba, o que não aconteceu. "Não sei por que ele não voltou. Não tive retorno do meu pedido", afirmou.

Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública, o pedido de transferência está sendo analisado. Até as 20h desta quinta-feira, Gomes da Silva ainda estava no Cadeião de Pinheiros, onde estão presos de alta periculosidade. Em Juquitiba, o empresário dividia uma cela especial com presos acusados de não pagar pensão alimentícia.

O advogado disse que ainda não sabe os argumentos que pretende usar na ação, pois tudo ainda depende da resposta que terá nesta sexta-feira sobre a transferência. "O problema é que estão brincando com a vida de uma pessoa que está sob a tutela do Estado", afirmou Podval, que na quarta-feira se reuniu com o secretário-adjunto, Marcelo Martins, para discutir o assunto. O encontro aumentou a expectativa do advogado para que Gomes da Silva voltasse para Juquitiba.

Os promotores responsáveis pela denúncia contra o empresário também temem por sua vida. Eles acreditam que o Cadeião de Pinheiros não é um local seguro para um personagem importante no caso Celso Daniel, e pessoas podem ter a intenção de matar Gomes da Silva.

Sobre a intenção de Podval de responsabilizar o Estado e Saulo de Castro, a assessoria da Secretaria respondeu apenas que o Cadeião de Pinheiros é seguro.




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