Política Titulo Mudança à vista
Com iminente saída de vereador, PDT de Santo André estuda pedir cadeira de Carlos Ferreira

Direção tenta última cartada por permanência do parlamentar nos quadros

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
01/09/2015 | 07:02
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Ricardo Trida/DGABC


Diante da iminente desfiliação do vereador de Santo André Carlos Ferreira dos quadros do PDT, a executiva municipal da legenda estuda pedir sua cadeira na Justiça com base na Lei de Fidelidade Partidária. Em princípio, a direção evita tratar do impasse, aguardando pela definição do parlamentar, que vai trocar a sigla pelo PPS. Presidente do diretório local, Sivaldo Pereira, o Espirro, alegou que, primeiramente, necessita ter conversa com o correligionário. “A decisão é pessoal, no entanto, ainda não fomos avisados oficialmente e não há nada que o desabone.”

Ferreira admitiu que já “está apalavrado” com o pré-candidato à Prefeitura Raimundo Salles (PPS) para efetivar a mudança partidária em setembro. Espirro busca diálogo ainda nesta semana com o vereador, que assumiu a vaga legislativa em março, com a morte de Cosmo do Gás – ele era segundo suplente. Apesar da situação, Espirro afirmou que as tratativas serão pela continuidade do pedetista nas fileiras da legenda. “Queremos que ele se mantenha nos nossos quadros. Depois da reunião que teremos, vamos (executiva) sentar e analisar qual a medida. Por enquanto, ainda estamos contando com o Carlos Ferreira na chapa.”

O PDT elegeu dois representantes à Câmara em 2012. Além de Cosmo, a sigla fez Sargento Lobo, que deixou a casa rumo ao Solidariedade. Na eleição, a agremiação lançou Salles ao Paço. Desta vez, já garantiu que vai integrar o arco de alianças do prefeito Carlos Grana (PT). A legenda atualmente possui o comando de duas secretarias (Trabalho, nas mãos de Cícero Martinha, e Esportes, dirigida por Marta Sobral), além de uma diretoria (Turismo, conduzida por Alaise Eloy Pereira). Uma das reclamações do vereador é que desde sua entrada no Legislativo nunca foi convidado a ter espaço na administração petista.

O vereador pedetista já havia entrado em conflito com a sigla logo que a direção do PDT ficou à deriva, com a saída de Salles da presidência, no fim de 2014. Meses depois de tomar posse na Câmara, Ferreira afirmou que apoiaria a direção caso não fosse comandada por integrantes do sindicalismo, como é costume no âmbito local. Em contrapartida, o sindicalista Espirro foi o escolhido para conduzir o partido, gerando insatisfação do parlamentar. Outro empecilho era o direcionamento para fazer parte da bancada governista – ele se coloca como independente na Casa.

O parlamentar reiterou que espera pela definição do encontro com a direção nos próximos dias. Segundo Ferreira, a conversa ficará concentrada em “mostrar os problemas”. “Vamos tentar afinar as cortas para tocarmos uma nota só”, disse. Recentemente, ele alegou que aguarda pela liberação amigável.




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