O sonho de Diadema ter um estádio está cada vez mais distante. O projeto, que já perdura dez anos, retrocedeu depois que o presidente do Santos, Marcelo Teixeira, declarou que o clube não tem mais interesse em erguer uma arena na cidade.

"É um assunto encerrado. Existia a intenção de construir um estádio em Diadema, mas o governo escolheu o Morumbi como sede para a Copa de 2014", afirmou à TV Com.

Além da exclusão da arena nos planos para o Mundial, a crise econômica internacional foi outro fator determinante para o Peixe abortar o plano, já que os investimentos viriam em grande parte do grupo alemão Hellmich.

Apesar da desistência santista, Diadema ainda não abriu mão de ter um estádio. Recém-empossado, o prefeito Mário Reali (PT) não chegou a discutir o assunto com o secretário de Esportes e Lazer, Rubens Xavier Martins, mas já anunciou que buscará novos parceiros através de um "clube de futebol de primeira linha", pois não tem recursos próprios para desenvolver o projeto.

A proposta de Diadema de ter um estádio foi lançada em 1999. A Prefeitura ofereceu o terreno para o Corinthians, que não se interessou pela área. O plano esfriou e só voltou a ganhar força em 2005, quando o Santos iniciou as negociações para levantar a arena junto com os alemães. A Prefeitura chegou a oferecer um terreno próximo à Rodovia dos Imigrantes, na região do Eldorado. Orçado em R$ 250 milhões, o estádio ocuparia uma área de 800 mil metros quadrados e teria capacidade para 40 mil torcedores.

O presidente da FPF (Federação Paulista de Futebol), Marco Polo Del Nero, era um dos principais incentivadores do projeto e, após encontro com o presidente da Fifa, Joseph Blatter, em 2006, disse que se o Brasil fosse escolhido para sediar a Copa de 2014, certamente Diadema seria contemplada.