O tetracampeonato pan-americano do vôlei masculino em Guadalajara fez passar despercebida a ausência de Bernardinho no banco de reservas. O lugar foi ocupado por Rubinho, técnico do BMG/São Bernardo, que foi o responsável por conduzir time que mesclou jogadores jovens com experientes. De volta ao Brasil, o treinador faz balanço geral da campanha e comemora a possibilidade de manter o time B em atividade.

"Cumprimos o objetivo estabelecido e fomos campeões do Pan graças à dedicação dos jogadores. Nossa intenção, minha e do Bernardinho, sempre foi manter um segundo time em atividade para poder dar descanso à equipe principal em alguns torneios do calendário. Queremos ter não só um grupo com 16 jogadores, mas sim pelo menos 30 peças que possam assumir a condição de titulares a qualquer momento", avalia Rubinho.

Por conter jogadores mais jovens, o time B é encarado como o futuro do vôlei brasileiro. "Sem dúvida, esse segundo grupo será fundamental na renovação natural que vai existir na modalidade nos próximos anos. A intenção é que os jovens aprendam desde já a metodologia implantada na Seleção Brasileira e também aceitem com mais tranquilidade as cobranças por bons resultados", ressalta Rubinho.

Apesar de pensar no futuro, o técnico deixou clara a satisfação de estar à frente da Seleção Brasileira no México. "Foi o título mais importante da minha vida como treinador. É muito prazeroso comandar uma equipe com tanta qualidade", confessa. "Mas agora retorno ao meu lugar, como auxiliar técnico do Bernardinho", completa.

O próximo desafio da dupla será a disputa da Copa do Mundo que ocorre no Japão. A competição é uma das mais importantes do calendário já que garante três vagas nos Jogos Olímpicos de 2012, em Londres. A viagem da delegação está marcada para o dia 8 e a estreia do Brasil será dia 20, diante do Egito.

Sassá, Camila Brait e Adenízia estão de volta à Seleção

Depois de ficarem de fora do time que disputou o Pan, Sassá, Adenízia e Camila Brait estão de volta à Seleção Brasileira de Vôlei que vai disputar a partir de sexta-feira a Copa do Mundo, no Japão, atrás de uma das três vagas na Olimpíada de Londres, em 2012. Elas foram convocadas pelo técnico Zé Roberto e integradas ao time.

"As três são importantes. A Sassá nos momentos decisivos não sente a pressão, além de ser mais responsável pelo passe. A Adenízia está na briga com as outras jogadoras de meio. O ataque e a leitura das adversárias são as principais qualidades dela. Já a Camila Brait é uma excelente líbero, que está sendo preparada há alguns anos para o futuro", detalhou Zé Roberto.

Emocionada com a nova chance, Sassá garante que não foi fácil assistir ao Pan-Americano de casa. "Já tenho quase dez anos de Seleção e sempre que sai uma convocação a expectativa é grande. Tive poucas oportunidades de atuar neste ano pelo Brasil, mas estou sempre pronta para quando precisarem de mim. Assistir o Pan de casa foi estranho."

Sassá também ressaltou o momento atual da equipe. "O grupo está focado. O principal objetivo é conquistar a vaga para os Jogos Olímpicos, mas também queremos o título da Copa do Mundo, que falta para o Brasil", lembrou a jogadora.