O atacante Luizão, que entrou na Justiça contra o Corinthians, declarou nesta quinta-feira que sua decisão não foi precipitada. O jogador pode ficar sem clube até à Copa do Mundo, que começa em maio, e não ser convocado pela Seleção Brasileira, mas disse que mesmo o risco de ficar fora do Mundial não vai fazê-lo desistir da ação. “Pensei muito, consultei os meus familiares e resolvi entrar de cabeça. Agora vou até o final”

Luizão explicou que desde o começo do ano tentava uma definição para seu caso. Ele reclama o pagamento de R$ 7,3 milhões em direitos de imagem atrasados, fundo de garantia e benefícios, além da rescisão de seu contrato com o clube.

O jogador informou que procurou a diretoria do Corinthians e a Hicks Muse, parceira do clube, para discutir o pagamento. Dick Law, presidente do fundo de investimento norte-americano, lhe disse que não tinha o dinheiro e Luizão teria de entrar na Justiça para receber a quantia.

Law teria proposto que Luizão liderasse, entre os atletas, um movimento pela redução salarial do Corinthians. O jogador não aceitou e entrou na Justiça, que negou, na quarta-feira, uma liminar garantindo o pagamento dos R$ 7,3 milhões.

“Já tive uma experiência muito ruim na minha vida quando perdi praticamente um ano de salário com o Vasco da Gama (em 1999) e acho que tem certas horas que o jogador tem de procurar seus direitos, ainda mais sabendo que está certo”, declarou Luizão.

“Eu estava engasgado há muito tempo”, afirmou Luizão. O jogador declarou não ter nada contra o Corinthians e que a torcida deve entender sua posição. “Apenas procurei meus direitos”, “não sou um traidor”, concluiu.

Grêmio- A decisão judicial de indeferir o pedido de liminar frustou a transferência de Luizão para o Grêmio. O atacante já teria acertado um contrato com a equipe gaúcha e só esperava a liberação da Justiça para estrear no novo clube.