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Depois da Lava Jato

O Brasil começou a ficar mais limpo depois que juízes, procuradores e policiais federais conseguiram prender políticos poderosos e empresários ricos

Do Diário do Grande ABC
14/08/2015 | 08:35
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Artigo 

O Brasil começou a ficar mais limpo depois que juízes, procuradores e policiais federais conseguiram prender políticos poderosos e empresários ricos. Espera-se que esse trabalho continue desvendando tudo de todos, e que a Justiça faça sua parte, sem cair outra vez nos truques que terminam zerando o trabalho de pessoas como o juiz Moro, o procurador Janot e todos aqueles que os ajudam. A Operação Lava Jato fará o Brasil mais limpo, mas não bastará para construir o País que desejamos, porque nossos problemas vão além da corrupção no comportamento dos políticos e empresários: eles são criados, sobretudo, pela corrupção nas prioridades das políticas que definem como os recursos públicos são usados e para onde levam nosso País.

Além da corrupção que a Lava Jato está tornando visível, temos imensa rede de corrupção invisível: o analfabetismo e a baixa qualidade da Educação, que roubam o futuro das crianças e do Brasil; sistema precário de Saúde, que subtrai a vida e impõe sofrimento a milhões de pessoas; ineficiente sistema de transporte público, que impede a mobilidade eficiente e tira pedaços da vida de milhões de trabalhadores em seus deslocamentos diários; violência urbana, que faz com que nossas ruas matem e assustem mais do que as de países em guerra; sistema de gestão pública que rouba o valor da moeda e impede o bom funcionamento e crescimento da economia.

Podemos receber País limpo da corrupção dos políticos e, mesmo assim, não construirmos o Brasil sem corrupção nas prioridades. Não basta colocar os corruptos na cadeia, é preciso também colocar na vida pública pessoas decentes, no comportamento e nas prioridades, capazes de fazer leis que impeçam a corrupção e que não apenas limpem, mas higienizem eticamente o País e para isso façam revolução educacional no Brasil. Terminada a Lava Jato, será preciso que os políticos comecem a consertar as brechas pelas quais o futuro do Brasil é roubado todos os dias. Para alcançar esse objetivo, teremos de fazer conserto das forças nacionais para dar sustentação a novo projeto nacional.

A corrupção desvendada pela Lava Jato é serviço ao País que nos deixa em dívida histórica com aqueles que a estão fazendo, mas o trabalho de construir o Brasil que precisamos, queremos e podemos não é tarefa dos juízes, procuradores e policiais; é responsabilidade dos políticos. Neste momento, porém, não parecemos estar à altura deste desafio, seja por falta de preocupação com o País, seja por omissão ou incompetência para liderar o Brasil em nova direção. Por isso, a verdadeira e completa Lava Jato deve ser feita pelos eleitores nas futuras eleições. Porque os juízes, procuradores e policiais podem colocar políticos na cadeia, mas são os eleitores que podem colocá-los nas cadeiras de parlamentares.

Cristovam Buarque é senador (PDT-DF).

Palavra do leitor

Ninguém nos ouve
Vê-se a olhos nus e/ou vestidos de ignorância proposital, que muitos políticos de esferas múltiplas estão – em expressiva maioria – envolvidos com ligações, coligações, fortalecimento de suas bases e arranjos sem fôlego, tudo no sentido de fortalecer suas siglas e suas posições político-partidária para 2016. A causa pública e a população ficam ao Deus dará. Por que os organismos não fiscalizam o comportamento dos que receberam votos por uma sigla, mudam de legendas no decorrer de suas gestões, sem serem punidos por atos traidores com quem os elegeu com os propósitos e interesses do partido? Poderíamos concluir que, se estão cuidando de seus umbigos constituídos por seus interesses de perpetuação crescente, por que não ficam paralisados seus vencimentos mensais, como qualquer trabalhador que não exerce suas funções? Quem é que está fora do texto e contexto, nós ou eles? Talvez se criássemos o ‘museu dos vitimados pelas urnas’ seríamos ouvidos!
Cecél Garcia
Santo André

Eleita ou eleito?
Sinto vergonha, como acredito que grande parte dos brasileiros também sente, ao ver a presidente da República confraternizar com as ‘margaridas’ em um estádio de futebol, com o patrocínio da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil e do BNDES, enquanto Lula confraternizava em Brasília com Sarney e a corriola do PMDB, para discutir soluções para a situação em que eles colocaram o Brasil. Afinal, os milhões de votos foram para a Dilma ou para Lula? Isso é uma ofensa para os brasileiros, que não aceitam essa situação.
Sebastião Carlos de Oliveira
Santo André

Resposta
Esclareço ao leitor Marcos da Silva (Motivo de chacota, dia 9). Não é de responsabilidade ou competência do cargo de vereador a autoria de leis sobre condução de trânsito na cidade ou realização de planejamento dessa área, para isso tem departamento com funcionários competentes para direcioná-lo. O que causa preocupação em nosso mandato é com a segurança de várias regiões da cidade e a avenida não é diferente, para isso temos a prerrogativa de entrarmos na Câmara com requerimentos, indicações ou ofícios enviados diretamente para o secretário da Pasta, coisa que fiz através de requerimentos e ofício, com ênfase em informações sobre as mudanças no sistema de tráfego, pinturas no asfalto e pedido de lombofaixa e sinalização de trânsito próximo ao número 2.400 da localidade. Tenho certeza que o leitor não leu esses documentos e o convido desde já para visita em meu gabinete. Terei prazer em apresentá-los. O clube dos lojistas do bairro pode não ter especialistas de trânsito, mas pode sim dar não palpites, mas sugestões de como fluir melhor o trânsito no bairro para que seus negócios prosperem cada vez mais. Também não tenho pretensão de ditar o ritmo dessa área, mas fui eleita para atender às demandas da população. E, quando for chamada, atenderei prontamente.
Sandra Vieira,
vereadora de Mauá

Sem encontros!
O Brasil pós-PT virou ditadura. O Executivo interfere no Legislativo e Judiciário, como vimos no Mensalão e Petrolão. A presidente não deveria ter encontros secretos com integrantes do Legislativo; os do Supremo Tribunal Federal deveriam ser escolhidos pela OAB. Os casos Mensalão e Petrolão mostram como os congressistas podem ser comprados com cargos e outras coisas. É preciso mudar essas coisas, com urgência, para sermos verdadeira democracia.
Mário A. Dente
Capital

Falta disciplina
É triste, muito triste abrir os jornais e ver no espaço oferecidos gratuitamente aos leitores cartas condenando as escolas públicas de Educação de Goiás que estão sob a gestão da Polícia Militar. Fica-nos a impressão de que os missivistas desconhecem que o nosso País está à deriva e que a causa maior é a falta de disciplina. Ela nasce, na maioria das vezes, dentro dos quartéis, queiram ou não. Os nossos militares já provaram que sem disciplina não se consegue vitória. O governo do Estado de Goiás está no caminho certo, exemplo que poderia ser seguido pelos demais Estados.
Leônidas Marques
Volta Redonda (RJ)

Culpados
Para justificar a incompetência do seu primeiro ‘poste’, o ex-presidente Lulla volta a culpar ‘os americanos’ pela crise. Mas pelo que temos visto nas redes sociais, ele vai precisar achar culpa nos marcianos. Porque o povo acordou – parafraseando o próprio Lulla – ‘com gosto ruim na boca’, e não foi de enchente! Foi porque perdeu o emprego ou o salário não chega mais ao fim do mês. Tudo provocado pela incompetência ‘lullopetista’!
Beatriz Campos
Capital 




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