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Agosto, o mês das tragédias

Agosto. o mês das tragédias na política nacional

Do Diário do Grande ABC
04/08/2015 | 08:14
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Artigo

Agosto. o mês das tragédias na política nacional – suicidou-se Getúlio Vargas, renunciou Jânio Quadros, morreram Juscelino Kubitschek, Miguel Arraes e seu neto Eduardo Campos, então candidato à Presidência da República – começa cheio de interrogações e maus presságios. O Congresso Nacional volta do recesso com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, declaradamente na oposição e em condições de colocar em votação projetos bomba (que complicam o governo) e movimentando-se para dar tramitação aos pedidos de impeachment à presidente Dilma Rousseff.

A presidente enfrenta o julgamento de suas contas pelo TCU (Tribunal de Contas da União) onde, se forem rejeitadas, podem ensejar o seu impedimento. Mas também é ameaçada pelas denúncias de irrigação de sua campanha de reeleição com o dinheiro sujo vindo da Petrobras, em apuração no âmbito da Operação Lava Jato que, ao amanhecer de ontem, dia 3, prendeu o ex-ministro José Dirceu.

Depois de ter reunido os 27 governadores e deles tentar ‘pacto de governabilidade’, a presidente Dilma Rousseff recebe 80 parlamentares para um jantar no Palácio da Alvorada. Em suas comunicações pelas redes sociais comporta-se humilde e conciliadora e, pelos meios de comunicação do governo, acena com 200 cargos de livre nomeação em oito Estados e outros dez de segundo escalão, em Brasília. No auge de seus problemas, até admite diminuir o número de ministérios para dar cara de austeridade ao governo.

Noutro ramo da crise, o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) – que sempre recebeu o apoio e a condescendência do PT e do governo petista – invadiu a sede do Ministério da Fazenda, em Brasília, para protestar contra o ajuste fiscal. Servidores públicos federais estão em greve e prometem aumentar o movimento até chegarem à paralisação total. Prefeitos, atropelados pela baixa na arrecadação e nos repasses estaduais e federais, irão nesta semana a Brasília para pedir dinheiro. No Rio Grande do Sul, o governo estadual, sem meios de pagar o funcionalismo, dividiu em três o pagamento dos salários e enfrenta manifestações e greves, até na Segurança pública.

Agosto está apenas começando. Oxalá se encontre soluções para os dramas que hoje se apresentam sem que o povo seja obrigado a pagar com sofrimento os desatinos cometidos por aqueles que colocaram no governo e por aqueles que estes levaram para dentro da máquina estatal. Que tudo termine bem, sem a repetição da tradição trágica do oitavo mês do ano na política nacional.

Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente e dirigente da Aspomil (Associação de Assistência Social dos Policiais Militares de São Paulo.

Palavra do leitor

Evangelista de Souza
Sou morador do Jardim Santo Alberto, em Santo André, e todos os dias o Semasa tem cortado o fornecimento de água sem o mínimo de consideração com o consumidor. Falo especificamente da Rua Evangelista de Souza. O corte da água ocorre diariamente por volta das 9h e o horário de retorno é sempre à noite ou na madrugada. Nessa rua não se trata de rodízio, uma vez que não temos sequer um dia com água. Isto é um absurdo, ainda mais considerando que a administração pública nunca avisou ou ao menos nos deu qualquer explicação sobre esse procedimento autoritário. Com a palavra, o Semasa.
Eleno Renaldin
Santo André

Aproveitadores
O leitor Vanderlei Retondo tem absoluta razão (Tucanos, dia 2). O PSDB e demais partidos estão se aproveitando do péssimo desempenho da presidente Dilma para se autopromoverem no cenário político nacional. Afinal, quando os tucanos se mostraram favoráveis e complacentes ao País? Quando Fernando Henrique Cardoso criou a CPMF? Quando salvou bancos falidos com dinheiro público? Quando chamou aposentados de vagabundos? Ou, talvez, quando o governador aumentou seu próprio salário e de seus secretários e deixou professores, policiais, funcionário públicos e bombeiros à míngua com o salário de fome que perdura desde que seu partido assumiu o governo de São Paulo, desde 1995? Talvez, se Aécio Neves fosse o presidente, a situação não estivesse tão precária, mas também não seria nenhum mar de rosas. Em outras palavras, o Brasil é um País onde não há um único político que preste.
Edna Ferreira Vale
Mauá

Pesquisa
Assinante deste nosso Diário, deparei-me com pesquisa com quadro preferencial do eleitorado visando o pleito municipal de 2016 em nossa região (Política, dia 2), onde mais uma vez este nosso órgão maior sai na frente, como sempre, com sua credibilidade habitual nos brindando com informação política de tamanha importância para o futuro de nossa gente a partir de 2017. Externo, nesta nossa democrática Palavra do Leitor, minha opinião sobre um dos candidatos avaliados pela população da nossa vizinha cidade de Ribeirão Pires, como positivo, Adler Kiko Teixeira, ex-prefeito de Rio Grande da Serra, mercê de seu trabalho desenvolvido durante dois mandatos, onde, de forma brilhante e transparente, conduziu nossa cidade ao mais alto patamar desenvolvimentista da história, daí o respeito e a admiração não só de Rio Grande e região, mas além do Estado, como tive a oportunidade de constatar em Poços de Caldas, em Minas Gerais, onde estive recentemente.
Iris Moreira de Santana
Rio Grande da Serra

Zé Dirceu, de novo!
Quer dizer que o guerreiro do povo brasileiro Zé Dirceu batalhou em causa própria e ficou rico? E se o juiz Sérgio Moro resolver assim: não estipular a pena, e quando chegar no fim da pena, dobramos a pena? Aí é plágio?
Tânia Tavares
Capital

Sugadores
Embora a venda de passagens aéreas no Brasil tenha caído em alta porcentagem devido à crítica situação do País, é informado que em Brasília foi vendido recorde de passagens partindo da Capital Federal para diversos países e a maioria foi para congressistas que, embora sendo da classe legislativa, só voam na executiva. Como quem paga são os trabalhadores da iniciativa privada eles não estão se incomodando.
Mário A. Dente
Capital

Sessentões
Um casal de amigos completou 60 anos de idade. Fizeram grande festa, com boa música, comidas, bebidas e convidados interessantes. Tudo estava perfeito,até o casalzinho revelar os ‘mirabolantes’ planos para o futuro, num surto de marketing, ou vaidade pessoal. Quando se completa 50 anos de idade, já se viveu 70% da vida física. O período de maior criatividade, produtividade e conquistas está na fase dos 15 aos 45 anos. Pessoas que alcançaram 60 anos ou ultrapassaram essa idade em boas condições físicas, psicológicas e financeiras devem agradecer a Deus e aproveitar o máximo. Não acreditem em tratamentos milagrosos para enganar a mãe natureza, é batalha perdida e ninguém precisa ser tolo! Foi muito bom curtir a infância e a juventude, mas chega o momento de reconhecer os limites. Saber envelhecer com qualidade, dignidade e sabedoria é preciso. Aceitar a realidade da vida e esquecer os sonhos inúteis também. Não esperem reconhecimento e agradecimentos. Façam agora algo que gostem. Lembrem-se que o seu amanhã é hoje e não vai ter bis!
Mário Mello
Santo André 




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