O PSDB regional conquistou ontem cinco cadeiras no diretório estadual: Admir Ferro (presidente do diretório de São Bernardo), Silvio Minciotti (comandante da comissão provisória de São Caetano) e José Luiz Cestari (ex-dirigente de da executiva de Santo André), além do deputado estadual Orlando Morando, que tem a prerrogativa por ser líder da bancada e faz parte automaticamente do diretório e o deputado federal William Dib.

Assim, no total de 105 integrantes do diretório, o Grande ABC passa de três (com Morando) para cinco membros. A região também fez dois suplentes, Cézar de Carvalho e o vereador de Mauá, Adimar José da Silva, o Edimar da Reciclagem.

Na prática, os tucanos da região terão peso sete nas votações, uma vez que por causa da proximidade com a Capital, os políticos locais não costumam faltar às reuniões do diretório, abrindo caminho para que seus suplentes votem no lugar dos componentes que residem, por exemplo, no Interior paulista.

EXECUTIVA

Ontem, foi eleito somente o presidente da executiva do PSDB de São Paulo, Pedro Tobias. Por isso, na quinta-feira, o restante da Executiva será anunciada (ver mais ao lado).

Orlando Morando disse que Tobias foi eleito "por aclamação." Quanto a eleição do tucanato regional, comentou que sempre é importante contar com mais nomes para fortalecer a interlocução do Grande ABC.

Na formação anterior da executiva, Admir Ferro era o único integrante representante da região. Chamado vogal do partido, ele era responsável por fazer articulação entre os políticos do partido e a cúpula tucana, integrante da executiva.

Agora, na eleição da nova direção, a região brigará por colocar Cestari no posto.

Para Cestari, o aumento da representatividade no diretório é um avanço. "É um estreitamento do relacionamento com São Paulo. Estaremos mais presentes nas decisões do partido, abre espaço muito grande para o Grande ABC", analisou.

Sem consenso, partido adia definição da Executiva estadual

A composição da executiva estadual da sigla será definida apenas na próxima quinta-feira, em reunião marcada para às 19h na sede regional da legenda, na capital, informou, o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Barros Munhoz (PSDB), após reunião com lideranças da sigla na convenção estadual tucana.

O motivo do adiamento é o impasse em torno da secretaria-geral, disputada pelo atual secretário César Gontijo e pelo deputado federal Vaz de Lima. Um dos aliados de Alckmin informou que a bancada estadual abriu mão da primeira secretaria, a fim de que o cargo possa ser oferecido a um dos dois pleiteantes.

Ao saber da opção que seria oferecida, César Gontijo disse que está fora de cogitação aceitar o cargo de primeiro secretário. Ele ressaltou, também, que vai insistir em sua recondução à secretaria-geral.

CRISE

O ex-governador de São Paulo Alberto Goldman negou ontem que o PSDB esteja vivendo crise interna. "Não existe nenhuma crise no PSDB. O que existe de fato é o que existe em todos os partidos políticos no Brasil e em todo o mundo. Tem suas disputas internas, dinâmica interna, se não seria um corpo morto", disse o ex-governador, ao chegar para a convenção estadual da sigla.

Na avaliação de Goldman, a recente debandada de vereadores do PSDB paulistano é natural. Para ele, sempre existem grupos insatisfeitos, à exemplo do grupo que deixou o PMDB para fundar o PSDB em 1988. "Saímos do PMDB para fundar o PSDB", lembrou Goldman.

Ele também rechaçou o termo ‘purificação' do partido, cunhado por Pedro Tobias, em um artigo publicado no site da Assembleia Legislativa. "Essa palavra purificação é completamente desconexa, não faz parte do nosso discurso."