A tranqüilidade do cemitério do Jardim Santo André, em Santo André, foi interrompido por uma perseguição a um assaltante que tinha acabado de roubar um açougue no bairro Centreville, no município, às 13h desta quarta. Houve troca de tiros entre três policiais militares e o ladrão Sérgio Roberto Moreira. O assaltante, foragido da penitenciária de Franco da Rocha, foi atingido com um tiro no peito e levado ao Pronto-Socorro da Vila Luzita, onde morreu.

Moreira tinha acabado de roubar R$ 200 do caixa do açougue, instalado na avenida Valentim Magalhães. Segundo o comerciante Itamar Silvestre, 47 anos, era a terceira vez que o mesmo assaltante roubava o comércio no prazo de cinco dias. “Ele (Moreira) me roubou primeiro no dia 11, depois no dia 12 e hoje (quarta). Ao todo, foi um prejuízo de mais de R$ 1 mil”, disse a vítima.

Cansado de ser roubado, Silvestre pegou seu carro e seguiu o ladrão, que estava armado com um revólver calibre 32. “Ele me viu e começou a correr para fugir. No caminho, liguei para o 190 e pedi ajuda da polícia.”

Silvestre seguiu o assaltante pela rua Valentim Magalhães, avenida Capitão Mário Toledo de Camargo até a rua Camões, próximo ao cemitério Jardim Santo André, que fica na avenida Queirós Filho, na Vila Pires. Nesse momento, os policiais se aproximaram com uma viatura e viram quando o assaltante pulava o muro do cemitério.

Segundo o sargento da 3ªCompanhia do 10º Batalhão de Santo André Mauro Costa Sant’Anna, não demorou muito para o ladrão atirar contra os policiais. “Subimos no muro do cemitério e fomos recebidos com um tiro.” Sant’Anna seguiu atrás do assaltante pelo matagal do cemitério, enquanto o soldado Randal Sena fazia um cerco. “Ele conseguiu entrar em várias casas, depois na favela Camões e sair na rua Tomásio de Carvalho”, disse o policial.

Em seguida, Moreira continuou a fuga em um terreno abandonado. Nesse local, ocorreu a segunda troca de tiros. O soldado Humberto Borcatto localizou o assaltante que, mesmo acuado, continuou a atirar contra os policiais. “Tive de me jogar em um barranco para não ser baleado”, disse Sant’Anna.