Um dos principais problemas no Parque Aliança, em Ribeirão Pires, é o despejo irresponsável de resíduos por parte da população. Qualquer espaço vazio, sem muros, pode se transformar em aterro clandestino no bairro que será o primeiro a receber o Diário do Grande ABC nos Bairros neste ano.

Os moradores da Rua Filomena Pelizon Bernardi e da Avenida Princesa Isabel sofrem com o problema há cerca de 10 anos. Terrenos nas duas vias recebem telhas, móveis velhos, pneus, isopor, pilhas, lixo orgânico e até animais mortos.

O entulho atrai insetos, ratos e baratas, todos possíveis transmissores de doenças. Moradora há 19 anos da Rua Filomena Pelizon Bernardi, a dona de casa Eleonora Rabelo, 44, relata que já se deparou com cobras no portão de sua casa e na de vizinhos.

"A gente é que tem de retirar pneus para não juntar mosquitos da dengue", afirma o aposentado Agenor de Souza Oliveira, 55, que vive há 21 anos no Parque Aliança.

O terreno na Rua Filomena Pelizon Bernardi já abrigou um campo de futebol, mas parte da área foi tomada por entulho. Hoje, resta apenas uma das traves, enferrujada.

A antiga placa que informava sobre a proibição de se jogar lixo na área está parcialmente destruída. No fundo do espaço degradado, um riacho se transformou em um esgoto a céu aberto.

A Prefeitura informou que realiza a limpeza dos bairros, em média, a cada três meses, aliada ao trabalho de fiscalização. Segundo a administração municipal, os fiscais monitoram a cidade diariamente e fazem autuações desse tipo. O problema seria que esse despejo é feito, geralmente, à noite.