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Azulão pega o Fla e defende a liderança do Campeonato
Edélcio Cândido
Do Diário do Grande ABC
08/10/2002 | 23:18
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O misterioso técnico Mário Sérgio guarda a sete chaves o segredo da formação do embalado São Caetano (líder do Brasileiro, com 29 pontos) que encara o desespero do Flamengo (16), nesta quarta às 20h30, no Maracanã. Terça pela manhã, com calor de cerca de 32ºC, no Anacleto Campanella, o treinador não deixou por menos: ensaiou cruzamentos, escanteios fechados, cabeceios e buscou aperfeiçoar a qualidade nos passes, uma das virtudes do time. Mais uma vez, o matador Adhemar é o referencial para se chegar mais facilmente ao gol, principalmente por meio de faltas – que ele bate forte, com efeito. Outra opção fica com Robert, com deslocamentos e chutes fortes. Mário Sérgio respeita muito o rival.

“Tenho de me precaver em todos os sentidos. O técnico Evaristo de Macedo é um dos maiores estrategistas do futebol que conheço. Já levei três chapuletadas dele. Não sei como vai jogar taticamente o Flamengo e tenho que segurar a escalação”, disse Mário Sérgio, que só anuncia o time nos vestiários. No entanto, o zagueiro titular Daniel, contundido, nem viajou para o Rio de Janeiro. Serginho será o substituto e Lúcio permanece na lateral-esquerda. Iriney, Adãozinho ou Luiz Carlos Capixaba no meio-campo, e Fábio Santos ou Anaílson como quarto homem avançado do 3-5-2 são as dúvidas do técnico.

Antes e depois do treino desta terça houve algo curioso: o glamour do Maracanã ainda causa ansiedade mesmo em jogadores mais experientes. Marlon, Iriney e Fábio Santos nunca jogaram no maior estádio do mundo. O volante Magrão entra no estádio pela segunda vez: “Pelo Palmeiras, na Copa dos Campeões de 2001, vencemos o Flamengo por 1 a 0. É bom jogar lá”. Adhemar não esconde seu desejo de voltar ao estádio. “Minha vida divide-se em antes e depois do Maracanã. Aquele gol de falta, que fiz no Fluminense, na vitória por 1 a 0, que calou 60 mil pessoas, pela Copa João Havelange, foi a minha consagração na carreira”.

O goleiro Sílvio Luiz, que jogou quatro anos nas equipes de base do Flamengo carioca, já esteve várias vezes no Maracanã, mas apenas três como profissional. “Ganhei duas e perdi uma. Jogar lá é realmente emocionante. Até o gol parece ser maior. A torcida fica mais próxima do campo”, disse. Para Mário Sérgio, o Maracanã não é novidade. “Perdi a conta de quantas vezes joguei neste palco com mais de 50 mil pessoas. Minha preocupação é a torcida, o astuto Evaristo de Macedo e o Flamengo”. Já o técnico do Flamengo, Evaristo de Macedo, também só define o time nos vestiários. A equipe, que ainda sonha com a classificação, dá sinais de reação com a experiência do técnico e a força da torcida, embora tenha perdido para o São Paulo, no sábado.




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