O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu na tarde desta quinta-feira com a Câmara de Política Social para discutir a criação do 'superministério' que unificará diversos programas da área. A princípio, a nova pasta nascerá da integração das secretarias especiais da Assistência e Promoção Social (hoje a cargo de Benedita da Silva) e Segurança Alimentar (José Graziano).

O 'superministério' deve ser ocupado por uma figura do PT que não integra o governo federal atualmente. Neste caso, os dois nomes mais cotados são o senador Aloizio Mercadante (SP) e o presidente nacional da legenda, José Genoino.

Genoino descartou a possibilidade de assumir a pasta. "Isso não tem pé nem cabeça", disse o dirigente petista nesta quinta-feira. Genoino lembrou que a vice-presidente do PT é a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, que não pode renunciar ao cargo no Executivo paulistano para assumir a direção do PT.

Na hipótese de Lula transferir algum ministro para o comando do 'superministério', o nome mais forte passa a ser o ministro Ricardo Berzoini. Esta opção ainda permite ao governo 'matar dois coelhos numa cajadada só', pois a pasta da Previdência poderia ser transmitida a algum membro do PMDB – que deverá ganhar dois ministérios com a reforma que se aproxima.

A audiência da Câmara de Política Social contou com 22 ministros e secretários. Muitos deles deverão ser cortados na reforma ministerial que o presidente Lula promoverá nos próximos meses. Mesmo assim, a pauta tratou de vários projetos para o futuro.