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Estrada do Alvarenga oferece risco a alunos
Ângela Corrêa
Do Diário do Grande ABC
17/02/2005 | 14:42
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Os estudantes da Emeb (Escola Municipal de Ensino Básico) Arlindo Miguel Teixeira, no bairro Alvarenga, em São Bernardo, arriscam a pele diariamente para conseguir chegar à aula. O caminho próximo à escola, seja para quem vem do Jardim Laura, seja para quem vem do Silvaplama, não dispõe de calçadas. Com isso, as crianças disputam espaço com carros que vêm dos dois sentidos nos horários de entrada e saída, quando a aglomeração tende a ser maior.

O trecho da estrada, onde haveria pista duplicada e construção de calçadas, guias e sarjetas, segundo projeto anunciado pela Secretaria de Obras em setembro de 2003, foi embargada no mês seguinte pela Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia), ligada à Secretaria Estadual de Recursos Hídricos. Em março de 2004, o secretário de Obras, Otávio Manente, explicou em entrevista que a empresa, que administra a represa Billings, alegou que a administração sãobernardense havia invadido a propriedade para o alargamento da pista.

A Prefeitura só realizou as obras em outros pontos da estrada dos Alvarenga. O projeto inicial previa o recapeamento de 2 km de pista entre o Poney Clube e o Parque das Garças, duplicação de 1,4 km entre o bairro Assunção e o Jardim das Orquídeas e a pavimentação da pista final até o limite com Diadema. O investimento foi orçado em R$ 10 milhões.

A situação é piorada pois a escola fica bem em uma curva acentuada em frente a um trecho da represa Billings. Ao lado da pista, o mato impede que o pedestre caminhe distante da via. Para contornar o problema, os pais de alunos criaram uma pequena ponte com tábuas de madeira que desemboca em um trecho já calçado, atrás de um ponto de ônibus. “Só temos esse caminho para seguir. Acho que nunca vou ter coragem de deixar meu filho vir para a escola sozinho. É perigoso demais”, diz a dona de casa Maria Celina Leonardo, 33 anos, que vinha do Jardim Laura para levar o filho Alan, 7, para a escola no início da tarde de quarta-feira.

A escola enfrenta outros tipos de problemas. Segundo os moradores, desde que foi inaugurada, há cerca de seis anos, a escola despeja uma água que exala mau cheiro na rua, que escorre até outros trechos. Quando os carros passam em grande velocidade, a água atinge os pedestres. Procurada na tarde de quarta-feira para responder às questões, a Prefeitura apenas divulgou nota na qual informava que as obras estavam ainda paralisadas por causa da liminar de embargo obtida pela Emae, mas que “tem interesse em dar continuidade às intervenções na estrada dos Alvarenga”. A reportagem procurou a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Recursos Hídricos, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.

Em março de 2004, a Prefeitura esperava um laudo da Secretaria Estadual do Meio Ambiente para seguir com as obras. A assessoria também não respondeu até o fechamento desta edição.



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