Shirlene estava na sala da casa, que tem cinco cômodos, onde conversava com o namorado. Segundo indícios coletados pelos peritos do IC (Instituto de Criminalística) de Diadema, o casal pode ter passado a madrugada na residência. Em uma das estantes da sala foram encontradas uma garrafa de cerveja e outra de aguardente. Uma outra garrafa de cachaça foi encontrada na mesa da cozinha, já vazia.

Saturnino foi visto ao sair da casa por um filho da vítima, de 13 anos, que tinha dormido em um vizinho e chegava no local às 5h30. “Os dois se encontraram no portão e ainda se cumprimentaram. Meu sobrinho entrou na casa e viu a mãe dele caída no chão da sala”, disse a irmã de Shirlene, a doméstica Helenice de Oliveira Barbosa, 35.

Ela contou à reportagem do Diário que a irmã tinha seis filhos e era viúva. “Não sei como vamos fazer com os filhos dela. Uma das filhas já casou, mas os outros cinco são menores e precisam de atenção”, disse.

Antes de fugir do local do crime, Saturnino deixou a arma no chão da sala, um revólver calibre 38. “Minha irmã (Shirlene) não costumava brigar com ele (Saturnino). Os dois viviam bem, mas o problema dele era a bebida. Até a ex-mulher dele disse que o largou por causa disso”, lembrou Helenice.

O garoto R., mesmo depois de ter visto o corpo da mãe no chão da sala, conseguiu chamar a polícia. “Ele teve uma crise hoje (domingo) de manhã”, disse Helenice.