A Prefeitura de São Caetano irá lacrar, por tempo indeterminado, a casa de shows Portal Music Hall. Na madrugada de ontem, uma confusão na frente do estabelecimento terminou em tiroteio e cinco pessoas ficaram feridas. A briga envolveu dois funcionários da casa.

O estabelecimento possui alvará de funcionamento válido até o próximo ano, mas terá que permanecer fechado até que esteja esclarecida a atuação dos funcionários da casa no tiroteio.

Os donos do estabelecimento terão de dar explicações não só sobre esse episódio como também em relação a outras reclamações. Segundo a Prefeitura, a casa já foi notificada por diversas vezes devido ao ruído excessivo em diversos de seus eventos.

Procurados, os proprietários e a gerência da casa não foram encontrados para comentar o episódio.

O caso foi encaminhado à Delegacia Sede de São Caetano. Segundo a polícia, há cerca de três anos, um segurança da casa foi morto na frente do estabelecimento enquanto tentava impedir uma tentativa de roubo.

Tiroteio - Um porteiro do estabelecimento, de 45 anos, afirma que a confusão começou pouco depois das 2h, quando três amigos chegaram ao local, onde acontecia um baile de forró. "Eles estavam usando bermudas e chinelos. Dissemos que não poderiam entrar com esses trajes."

Com a proibição, o trio passou a ameaçar o porteiro e também um dos seguranças do local. "Eles estavam muito alterados, um até tinha um copo de uisque na mão. Eles falaram: ‘Nós vamos voltar para matar vocês.'"

Cerca de meia hora depois, ocupantes de uma picape Saveiro branca pararam em frente à casa de shows e começaram a disparar. Quatro pessoas que estavam na porta do estabelecimento teriam sido atingidas.

Dois policiais civis que passavam pelo local começaram a trocar tiros com os suspeitos, atingindo um deles. Comparsas dos atiradores, que estavam em uma Parati, bateram o veículo na traseira do carro da polícia e fugiram com um dos ocupantes da picape.

Marcas - No final da tarde de ontem ainda era possível perceber as marcas do tiroteio na fachada da casa. Em uma das portas ainda havia marcas de sangue, além de perfurações feitas pelos disparos. O Diário contou 14 buracos, tapados com tinta e massa epóxi.