Esse comentário foi unânime entre todos os prefeitos do PT ouvidos pela reportagem do Diário. Eles também tiveram a mesma opinião em outro ponto importante: forjar outro líder com as características de Celso – mais de 30 anos de história com passagens pelo sindicalismo, bancos de universidades e habilidade em administração de políticas públicas – vai levar muito tempo.
Questionados se acreditavam ser capazes de reunir características para assumir o mesmo papel do prefeito, nem Oswaldo Dias (Mauá), Maria Inês Soares, (Ribeirão Pires) ou José de Filippi Jr. (Diadema) afirmaram poder substituí-lo. Todos disseram que será preciso cada prefeito da região dar um pouco mais de si para juntos tentarem suprir a lacuna deixada por Celso. Em viagem de férias fora do Estado, o prefeito de Rio Grande da Serra, Ramon Velasquez (PT), não foi localizado.
A primeira reunião do Partido dos Trabalhadores para avaliar o impacto da morte do prefeito na política do Grande ABC já tem data marcada: 23 de março, em São Bernardo, afirmou o coordenador da Macro Região do Grande ABC, vereador por São Caetano Hamilton Lacerda (PT). É na Macro, instância política da legenda, que são afinadas ações para as cinco prefeituras governadas pelo PT, como, por exemplo, programas de inclusão social, universidade pública e ações de segurança conjuntas. Celso Daniel era tido como o principal apoiador e líder nesse processo de gestão.
Segundo o deputado federal Luiz Carlos da Silva, o Professor Luizinho (PT), de Santo André, “na concepção, no método e na forma como ele conduziu suas ações, Celso é insubstituível”. Na opinião dele, o PT regional terá de ser sábio o suficiente para fazer bom uso das lições deixadas pelo ex-prefeito.
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