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Moradores do Zaíra 4 reclamam do excesso de lixo
Felipe Rodrigues
Do Diário do Grande ABC
04/03/2010 | 07:57
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Lixo espalhado pela rua, crateras e canos estourados atrapalham a vida dos moradores da periferia de Mauá. Mais de 1.000 famílias enfrentam as péssimas condições da Rua Benedito dos Santos Silva no Jardim Zaíra 4. Revoltados com o acúmulo de lixo, a população reclama da falta de coleta de lixo no local.

"O lixo está um absurdo. É mosca, mosquito, ratos. Nem a ambulância tem condição de chegar aqui. A rua está um desastre. O carro do lixo não está vindo recolher porque não tem condição de passar nada", relata a dona de casa Sirlene Pereira, 39 anos.

Segundo moradores da comunidade, a situação foi agravada após o início da temporada de chuvas. "A Prefeitura antes subia para pegar o lixo. Só que quando chove abrem buracos de dois metros de profundidade e fica impossível transitar pela via", conta a dona de casa Deise Ramos, 26.

A falta de assistência por parte do poder público fez com que os moradores se mobilizassem para tentar resolver o problema sozinhos. "Ano passado à população aqui teve que se reunir e pagar um caminhão para descer o lixo. Se a população pode fazer isso, por que a Prefeitura não pode? No dia da eleição eles sobem aqui, na lama", protesta Deise.

"Para não tirar o lixo, eles alegam problemas na rua. Mas quem tem que cuidar da rua? A Prefeitura, né?", questiona Franklin da Silva, 27, morador do Zaíra 4 há dez anos.

PROMESSAS - Franklin também reclama das promessas eleitoreiras. "Eles chegam aqui e falam: ‘Eu vou mandar fazer isso'. Mas nós estamos sabendo que esses candidatos, na verdade, só querem o voto do pessoal". O morador explica que a comunidade planeja, em forma de protesto, juntar todo o lixo do local e despejar em frente à Prefeitura ou à Câmara Municipal.

Segundo Silva, a situação do bairro piorou desde o ano passado. "Na gestão do seu Leonel (Leonel Damo, ex-prefeito) até que eles faziam um pouco, mas na gestão de Oswaldo Dias (PT) estamos esquecidos há meses. Acredito que a população não merece tanto sacrifício. Se os moradores os colocaram na Prefeitura, eles também têm que olhar para nós", conclui. Silva acrescenta que além do lixo, a comunidade sofre com falta de energia elétrica e de água todos os dias.

Até o fechamento desta edição, a Prefeitura de Mauá não havia se manifestado.




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