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Escola usa rap para conscientizar jovens

EE Jardim Riviera, em Santo André, recebeu apresentação musical na tarde de ontem

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
02/07/2015 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


O uso da educação como ferramenta de transformação social foi o mote do encerramento do primeiro semestre letivo da EE Jardim Riviera, em Santo André, ontem. A unidade escolar, primeira da região a receber Ensino Médio em período integral e localizada em região periférica da cidade, foi beneficiada com a apresentação dos Mc’s pela Educação, grupo musical que usa o rap e o funk para divulgar a importância dos estudos entre os jovens.

A ação coroa o fato de a escola ter obtido a maior adesão entre as unidades do Estado em plataforma virtual que ajuda na preparação para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Todos os 63 estudantes do 3º ano da etapa final do conhecimento da EE Jardim Riviera utilizam o Geekie +, ferramenta lançada em maio para complementar os estudos realizados em sala de aula.

“É um auxílio para os alunos, com videoaulas e exercícios específicos. Por ser inteligente, o programa aponta as deficiências dos estudantes e indica conteúdos que devem ser revisados. A escola disponibiliza o laboratório de informática e eles também podem acessar em casa”, destaca a diretora da escola Cleide Torres.

A estudante Lays dos Reis Ferreira, 17 anos, afirma que, além de possibilitar o aprendizado em qualquer horário do dia, a plataforma virtual é interativa, o que torna o estudo mais interessante. “Aproveito o fim de semana para revisar conteúdos que tenho mais dificuldade, como é o caso de Física, e não preciso esperar chegar segunda-feira para tirar dúvidas”, explica a jovem, que pretende prestar vestibular para o curso de Direito.

Embora o feito pelo uso da tecnologia tenha sido dos alunos no 3º ano, todos os 368 estudantes da unidade de ensino tiveram a oportunidade de acompanhar o show dos Mc’s pela Educação na tarde de ontem. A apresentação incluiu músicas com letras que destacam histórias de superação e a vantagem de estudar para se alcançar futuro promissor, além de número de dança de rua.

O grupo foi idealizado há um ano e meio pelo jornalista Eduardo Lyra, fundador do Instituto Gerando Falcões. São cerca de 15 a 16 apresentações mensais em escolas periféricas do Estado e a meta é expandir o alcance para o Rio de Janeiro e Belo Horizonte em 2016. “É uma ação sociocultural que tem por objetivo resgatar jovens da criminalidade e das drogas e mostrar para eles que a educação é o melhor caminho. Ser nota dez não é careta”, garante Lyra, eleito pela revista Forbes como uma das 30 personalidades jovens mais influentes do País.




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