De acordo com a imunologista do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina, Anete Grumach, o atendimento na região é ainda pouco conhecido entre médicos e pacientes. “Temos capacidade para ampliar o número de consultas. As pessoas que têm os sintomas (veja tabela) passam por triagem e, se for comprovado o problema, recebem o tratamento. Em clínicas particulares, o custo da aplicação de anticorpos pode chegar a R$ 2 mil”, disse.
A médica afirmou que as crianças a partir dos 2 anos de idade correspondem a 90% dos casos. “As infecções repetitivas relacionadas à pneumonia são as mais comuns. Mas existem mais de 150 tipos de doenças crônicas que podem ser causadas pela falta de defesa por infecção”, afirmou Anete.
Na média, as infecções repetitivas podem atingir uma a cada mil pessoas. Na maioria das vezes, são causadas pela deficiência de IgA (imunoglobulina A), anticorpo que protege as mucosas. É a falta desse anticorpo que causa pneumonias, sinusite, otite e alergias de repetição.
Melhora – O pintor e morador de São Bernardo João Pereira de Oliveira, 48 anos, conseguiu em dois anos diminuir sensivelmente suas quase quinzenais crises de pneumonia. Oliveira tem imunodefesa e não produz nenhum tipo de anticorpo. Por isso, precisa receber anticorpos na veia a cada três semanas. “Desde que comecei a fazer o tratamento, só precisei ser internado duas vezes”, disse.
Segundo Anete, casos como o de Oliveira são raros e acontecem em uma a cada 100 mil pessoas. “Esse problema imunológico é de difícil diagnóstico. Desde que o João começou a receber o tratamento, sua melhora foi rápida e bastante significativa”, afirmou.
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