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Trabalhadores de TI decretam greve
Do Diário do Grande ABC
13/03/2011 | 07:08
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Ari Paleta/DGABC


Em assembleia realizada ontem pelo Sindpd (Sindicato dos Trabalhadores de Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo), os profissionais da categoria decidem que estão em estado de greve.

"Essa é mais uma demonstração de que a categoria está organizada, unida e pronta para a paralisação. O sindicato patronal precisa entender que os trabalhadores sabem exatamente o que querem. Nós estamos prontos para paralisar empresa por empresa", afirma o presidente do Sindpd, Antonio Neto.

A decisão atinge cerca de 90 mil profissionais no Estado de São Paulo, nas 7.800 empresas, que concentram quase metade da categoria no Brasil. O Grande ABC corresponde a 15% do total, o que representa cerca de 13,5 mil trabalhadores.

A negociação salarial dos trabalhadores de TI foi interrompida em janeiro depois de quatro rodadas de debates entre o sindicato patronal e o Sindpd. As principais reivindicações dos trabalhadores são 11,9% de aumento salarial linear, desenvolvimento de plano de PLR (Participação em Lucros e Resultados), auxílio-refeição de R$ 15 por dia e ampliação de pisos. O sindicato patronal oferece reajuste salarial de 6,47%, índice que apenas repõe a inflação, e refuta todas as outras solicitações.

De acordo com a lei de greve, o sindicato deve publicar anúncio em jornal de grande circulação para informar as empresas envolvidas com os serviços de TI. Após 72 horas da publicação, os trabalhadores podem dar início às paralisações, que podem ser pontuais ou generalizadas. Ainda segundo a norma "é vedada a rescisão de contrato de trabalho durante a greve, bem como a contratação de substitutos".

Durante a assembleia estiveram presentes trabalhadores de todas as regionais do Sindpd. Dentre elas, caravanas de Santos, Ribeirão, Sorocaba, Campinas e Araraquara. Contudo, o maior número de trabalhadores presentes foi da Capital e Região Metropolitana.

O sindicato também colocou em votação o ingresso de dissídio coletivo na Justiça do Trabalho que foi aprovado por unanimidade pelos trabalhadores. A lei garante a aceleração do processo do julgamento do dissídio das categorias que estão em estado de greve e proíbe a demissão de funcionários durante a paralisação, bem como a contratação de trabalhadores substitutos.




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