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Mesmo crescendo pouco, ‘a China é um tsunami’, diz Rogelio
05/03/2007 | 23:09
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A decisão do governo chinês de fixar como meta um crescimento econômico de 8% neste ano não deve diminuir a pressão competitiva da China sobre o Brasil. A avaliação é do presidente da Anfavea (Associação Nacional de Veículos Automotores), Rogelio Goldfarb.

“A medida não nos dará alívio do ponto de vista da competitividade. Para nós, do ponto de vista competitivo, a China é um tsunami”, disse o executivo, após uma reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Para o presidente da Anfavea, não se pode iludir com a decisão da China de crescimento de só 8%. “O mundo inteiro está de olho na China”, alertou. Goldfarb, que também é diretor para Assuntos Corporativos da Ford na América do Sul, disse que é preciso mapear os gargalos da produção no Brasil.

“Não é só o câmbio que afeta a competitividade. Tem outros aspectos como a acumulação dos créditos de ICMS”, afirmou. “Nós ainda pagamos imposto para exportar”, disse. Segundo ele, só em São Paulo, as montadoras teriam mais de R$ 3 bilhões para receber a título de reembolso pelo ICMS recolhido pelo Estado sobre a cadeia de produção de veículos, que acaba pesando sobre as exportações, que, em tese, são isentas de impostos.

O dirigente da Anfavea disse que a compensação do crédito relativo a ICMS é fundamental para a indústria automobilística, que exporta grande parte da produção. Ele informou que a Ford exporta, atualmente, 41% de sua produção no Brasil. Segundo ele, a audiência com o ministro da Fazenda serviu para apresentar a nova diretoria da Ford no Mercosul e na região formada por América do Sul, Canadá e México, e para explicar os investimentos de R$ 2,2 bilhões previstos para os próximos cinco anos no Brasil.



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