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Produção de veículos bate novo recorde
Priscila Dal Poggetto
Do Diário do Grande ABC
07/08/2007 | 07:11
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As fabricantes de veículos bateram mais recordes no Brasil. De janeiro a julho, as associadas à Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) produziram 8,4% a mais que em igual período do ano passado. Ao todo, saíram das linhas de montagem 1,65 milhão de unidades.

Se isolado o mês de julho, observa-se mais uma marca histórica: produção de 268,2 mil unidades. O resultado foi 20,3% superior a julho de 2006.

O comportamento do mês passado foi atípico. Nos últimos dois anos, o sétimo mês apresentou queda do volume produzido, em relação a junho. Neste ano, o desempenho de julho foi 8,6% superior a junho.

O presidente da Anfavea, Jackson Schneider, reforça que os números históricos são conseqüência da queda da taxa de juros, do alongamento dos prazos de financiamento e do aumento da confiança do consumidor no próprio bolso.

Licenciamentos - A indústria corre para conseguir abastecer as concessionárias. Em julho, a Anfavea registrou a venda de 217,4 mil unidades no mercado interno. A procura por veículos novos – que inclui automóveis, caminhões e ônibus – foi 31,1% superior ao mesmo mês do ano passado.

Mesmo com a investida na produção – criação de terceiro turno e novas contratações –, as montadoras ainda não conseguiram subir o número de unidades em estoque. O mês de julho encerrou com 30.501 veículos nos pátios das fábricas, o que equivale a quatro dias de abastecimento.

Já nas concessionárias, concentram-se 108.820 unidades, para atender o mercado por 15 dias. No total, julho somou 19 dias de estoques, contra 22 em junho.

Apesar de as fabricantes afirmarem que não faltam modelos, a disponibilidade de versões no pronta-entrega diminuíram. Assim, o consumidor deve esperar por seu carro, no mínimo, por 30 dias. Segundo concessionários da região, a lista de espera não é problema para o consumidor. A maioria aguarda.

Exportações - A preocupação da Anfavea se concentra nas exportações. O reajuste dos preços no exterior ainda consegue manter o volume exportado em dólar, com crescimento de 3,1% no acumulado. Porém, em unidades, a queda já chega a 8%.Na semana passada, Schneider reuniu-se com o ministro das relações exteriores Celso Amorim, para incentivar acordos bilaterais. “Queremos mais acordos com países como os do norte da África. Isolados são fracos, mas juntos podem trazer resultados positivos para a indústria brasileira”, defende Schneider. Para ele, essa é a principal saída para tornar os preços brasileiros competitivos no exterior.



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