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Prysmian cresce 30% e fatura R$ 1,3 bi
Célio Franco
Do Diário do Grande ABC
06/01/2007 | 18:41
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A Prysmian (ex-Pirelli Cabos), fabricante de cabos de energia e telecomunicações, fechou 2006 com faturamento de R$ 1,3 bilhão – crescimento de 30% sobre 2005 – e ensaia projeto de repaginação da unidade de Santo André. O expressivo aumento de faturamento deve-se ao salto no preço do cobre, principal matéria-prima dos cabos.

“O recorde histórico do preço do cobre foi há 40 anos, quando atingiu US$ 5 mil a tonelada. Há seis meses, devido a movimentos especulativos, o valor bateu em US$ 7 mil a tonelada. O cobre representa de 50% a 80% do nosso custo final”, afirma Armando Comparato Júnior, presidente da Prysmian para a América do Sul, explicando que o volume de produção teve acréscimo de 6%. “O primeiro semestre teve bom resultado por causa do pacote habitacional do governo, que diminuiu impostos e concedeu mais financiamentos para o setor.”

Recém-chegado de Milão, onde esteve reunido com a diretoria internacional do grupo, Comparato revelou que a unidade de Santo André, que sedia a área administrativo-financeira e representa cerca de 20% a 30% do faturamento do grupo no Brasil, receberá atualização tecnológica, com melhorias dos processos, novos dispositivos de controle e ferramentais, visando maior qualidade e eficiência. “A idéia é ampliar nossas exportações para a América Latina, de 10% para 30% do faturamento total da empresa, em três anos.”

Com unidades ainda em Sorocaba e Jacareí, no interior de São Paulo, e em Vila Velha, no Espírito Santo, a Prysmian Brasil tem 12% de participação no faturamento global da companhia, que fechou o primeiro semestre do ano passado em 2,4 bilhões de euros (US$ 3,1 bilhões) – aumento de 12,4% em relação a 2005.

Segundo Comparato, a unidade de Santo André, cuja produção está voltada para os segmentos de alta e média tensão, além de cabos especiais, tem boas perspectivas de crescimento em 2007. “E o trecho Sul do Rodoanel é fundamental para os nossos negócios. Trata-se de um projeto que deveria ter sido feito há 50 anos. Mas falta vontade política para se concretizar”, critica o presidente da Prysmian.

“Transportamos nossos produtos para o Porto de Santos, Barueri, Sorocaba e Vila Velha, fora as entregas diretas para os clientes. E, para isso, temos de atravessar Santo André, a avenida dos Bandeirantes e a Marginal Pinheiros. Além dos problemas logísticos, há a questão da segurança, já que à noite há muito roubo e temos de programar nossas saídas na hora do rush.”

A fabricante lançou quatro produtos inéditos no segmento de energia entre 2005 e 2006. O último é o Iristech, cabo usado na construção civil.




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