"Enquanto os israelenses negociarem com as armas, nao haverá negociaçoes", declarou à imprensa o secretário da Autoridade Palestina, Ahmad Abdel Rahman.

Outros dois palestinos morreram durante violentos enfrentamentos, neste domingo, em Ramalah, Cisjordânia, o que eleva o balanço, até o momento nessa localidade, para cinco mortos, segundo os hospitais. Anteriormente, três palestinos morreram ao serem atingidos por balas de verdade, durante conflitos com israelenses, deixando também milhares de feridos. Do lado israelense, dois soldados ficaram levemente feridos no fogo cruzado em Netzarim, na Faixa de Gaza, e em Hebron, segundo o exército.

O secretário da Autoridade Palestina atribuiu a responsabilidade dos sangrentos enfrentamentos ao primeiro-ministro israelense Ehud Barak. "Barak é o responsável pelos acontecimentos que violaram os direitos do povo palestino", afirmou Rahman referindo-se à controvertida visita do líder do Likud, a oposiçao israelense, Ariel Sharon, à Esplanada das Mesquitas de Jerusalém Oriental.

Reaçao - A Liga Arabe promoveu este domingo, no Cairo (Egito) uma reuniao extraordinária dos embaixadores dos países membros e decidiu pedir ao Conselho de Segurança da ONU que investigue a conduta israelense durante os conflitos nos últimos dias. A Liga pede ainda que os responsáveis pelas mortes nos conflitos sejam julgados pelo Tribunal Penal Internacional da ONU, em Haia.

O movimento de resistência islâmica Hamas e a Jihad islâmica pediu aos palestinos que se rebelem e que as negociaçoes de paz sejam suspensas. "Só a guerra santa pode preservar os Lugares Santos", afirma a Jihad. O Hamas pediu que os palestinos mantenham "a escalada da resistência frente aos soldados israelenses."

Já Yasser Arafat advertiu em uma entrevista publicada ontem pelo diário Okaz que teria a seu dispor "todas as opçoes", incluindo a guerra, para fazer frente a Israel.