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Camilópolis/Santo André
As portas escancaradas de ferro retorcido e pichado são um convite tentador aos criminosos, que invadem as duas quadras poliesportivas da Escola Estadual Padre Aristides Greve.

A caminhada até a área é difícil para quem vem de fora da escola. É preciso vencer o mato e o lixo espalhados pelo caminho para chegar até as tabelas de basquete, que não têm mais cestas.

"Aquilo está abandonado, na mão de qualquer um. Dá dó um terreno que é para a prática de esportes estar assim", lamenta o comerciante Francisco Marchello.

De acordo com os moradores, ratos são o resultado mais imediato da falta de manutenção das quadras.

A vice-diretora da escola, Eliana Ueda Barbosa, afirma que as quadras estão deterioradas devido à ação de vândalos. Ela diz que pelo menos até a metade do ano o espaço foi utilizado pelos alunos. No entanto, Marchello desmente. Ele diz que a situação perdura há mais tempo.

Eliana garante que em 15 dias o local estará revitalizado. "Nós temos uma empresa fazendo a limpeza do terreno, podando, tirando o entulho, limpando as canaletas e arrumando os portões", relata.

Ela conta que há uma parceria com estudantes de Arquitetura, que ajudarão a reestruturar o local, mas não há prazo para que as obras se concretizem. (Supervisão de Adriana Gomes)

Vila São Pedro/São Bernardo
A paisagem na rua dos pássaros não é nada animadora e pouco lembra o sugestivo nome. Em meio aos comerciantes, moradores, motoristas e cobradores cujos veículos fazem ponto final no bairro, cavalos, cachorros, insetos e roedores disputam espaço para alcançar as lixeiras abarrotadas de lixo. "Está uma nojeira", reclama o comerciante Almir Aparecido Amigo, 46 anos. "Já venho brigando por mais lixeiras há mais de anos", garante. "Você vê ratos correndo desesperados. Hoje (segunda-feira) cedo eram cinco cavalos por aqui. Eles tiram o saco de lixo e rasgam para fuçar", completa Amigo. As fortes chuvas que vêm atingindo a região nos últimos dias aumenta a preocupação dos moradores. “O lixo misturado à água é perigoso; acaba caindo tudo no córrego aqui perto”, diz. A Prefeitura promete que uma equipe da Secretaria de Serviços Urbanos visitará o bairro nesta quarta-feira para averiguar a situação.

Santa Maria/São Caetano
O terreno baldio entre as ruas Guaiamu e Domingo Graciuti Neto foi limpo. Por quase três anos, os moradores afirmam que conviveram com lixo, entulho e oferendas religiosas acumuladas no local. Tudo ficava exposto ao sol, atraindo toda espécie de insetos e roedores. “O problema não é só limpar, é fazer com que as pessoas não joguem mais lixo”, diz a analista de contas Silmara Campos da Mota. Moradora do bairro há 40 anos, ela acredita que uma das alternativas para inibir o depósito constante de sujeira seria uma obra de revitalização do terreno. “Deveriam fazer um paisagismo, colocar uns bancos de madeira, como os de praça, espalhar umas pedras diferentes no chão”, defende Silmara. No último dia 9, quando o Diário noticiou o fato, a Prefeitura havia informado que enviaria técnicos ao local para averiguar a situação do terreno abandonado. “De qualquer maneira, o importante é que limparam”, resume a moradora.