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Em São Bernardo, Dilma Rousseff nega que esteja fazendo 'vale-tudo'
27/10/2009 | 07:43
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A ministra-chefe da Casa Civil e provável candidata do PT à Presidência da República em 2010, Dilma Rousseff, rebateu ontem à noite, em São Bernardo, as acusações de que suas viagens com o presidente Lula para vistoriar obras, como as de transposição do Rio São Francisco, representem vale-tudo eleitoral, como acusou o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes.

"Não me sinto acusada de jeito nenhum pelo ministro Gilmar Mendes. Não estamos fazendo vale-tudo nenhum no Brasil. Fizemos projetos e ou inauguramos, ou lançamos ou fiscalizamos", disse, em palestra na ADVEB (Associação dos Dirigentes de Vendas e Empreendedores do Brasil".

A ministra afirmou que as críticas que recebe sobre suas viagens para acompanhar projetos acontecem porque "o governo Lula retomou investimentos, algo que governos anteriores não faziam. Hoje o Brasil é outro."

Dilma disse que os opositores se sentem incomodados com o volume de obras do governo federal. "Acho que incomoda porque nós nos mexemos. E não é sorte não. É trabalho incansável. E é bastante justo querer apresentar esse trabalho."

Ela comentou as declarações de Lula feitas na manhã de sábado, em festa em frente ao Palácio da Alvorada para comemorar os 64 anos do presidente, que serão completados amanhã. "Acho comovente e agradeço que ele tenha pensado em mim nessa hora", afirmou. Presenteado com bolo branco com estrelas vermelhas, Lula revelou desejo. "No próximo aniversário meu, se Deus quiser, estarei comemorando as eleições dela."

Em relação ao apoio do PMDB, Dilma minimizou as dificuldades que as divisões internas da legenda podem causar à sua eventual candidatura em 2010. "Os partidos têm situações e realidades as mais diferentes possíveis e é normal que nesse processo, até que as coisas se acomodem, essas diferenças apareçam. Temos de ter uma grande tolerância com isso.

Apoio - Amanhã à noite, Dilma tem encontro com o PP para buscar apoio para a formação de aliança que lhe garanta respaldo para disputar a Presidência em 2010. O jantar será realizado na casa do líder da legenda, deputado Mário Negromonte (BA).

Enquanto deve fechar com o PT nacionalmente, em São Paulo o PP terá nome próprio. Em reunião a portas fechadas, a executiva escolheu ontem, por unanimidade, o deputado Celso Russomanno como pré-candidato da legenda ao governo.




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