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Metalúrgicos vão entrar em greve
Tauana Marin
10/09/2010 | 07:20
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A partir de amanhã, metalúrgicos dos Grupos 2 (máquinas e eletrônicos) e 10 (lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico) entrarão em estado de greve, por tempo indeterminado.

A decisão é reflexo da falta de avanço nas negociações sobre o reajuste salarial na campanha deste ano. Na última reunião, a bancada patronal representante do Grupo 10 ofereceu 5% de reajuste (somada a reposição da inflação, que dá aumento real de 0,68%) e o do Grupo 2, 6,17% (aumento real de 1,8%). Ambas reprovadas pela federação.

Os demais grupos (2,8 e Fundição), com exceção das montadoras, tiveram aumento de 9% (aumento real de 4,5%) - índice aprovado pela categoria no sábado.

O presidente da FEM-CUT, Valmir Marques, o Biro Biro, entregou na quarta-feira, comunicado de greve para os representantes das bancadas patronais na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

O documento informa que após o prazo de 48 horas (ou seja, sábado) os trabalhadores iniciam a paralisação. Segundo o presidente da federação, essa é a resposta dos trabalhadores que estão insatisfeitos com a "lentidão" das bancadas patronais que não avançaram nas discussões econômicas.

MONTADORAS
Amanhã, os metalúrgicos das montadoras irão decidir, em assembleia geral, quais serão os próximos passos. Tudo vai depender da proposta que será apresentada.

Ontem, dirigentes sindicais e empresários do setor se reuniram para discutir o reajuste salarial da categoria, porém, a negociação terminou sem avanços. Hoje a FEM-CUT volta a se encontrar com a Sinfavea (Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores - que representa as Montadoras), para dar continuidade as negociações.

MOBILIZAÇÕES
Conforme o Diário antecipou, hoje, metalúrgicos na Ford de São Bernardo param a produção durante o turno da manhã, em protesto a falta de proposta de reajuste salarial.

Na Mercedes-Benz, Volkswagen e Scania, os funcionários que paralisaram as atividades ontem, seguem mobilizados, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Desde quarta-feira, trabalhadores das montadoras realizam assembleias, passeatas e paralisações na produção em cumprimento à decisão unânime de assembleia da categoria realizada no sábado.




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