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Eletropaulo transforma terrenos em cinturão verde
Sergio Campos
Do Diário do Grande ABC
15/11/2001 | 20:02
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  Os terrenos localizados sob as linhas de transmissão aérea da Eletropaulo, que costumavam ser arenosos e sem tratamento ambiental, cada vez mais se tornam hortas, jardins ornamentais e espaços de preservação ambiental. A iniciativa é da própria empresa, que criou o projeto Linha Verde e cede os terrenos em regime de comodato (autorização temporária de uso) para associações, prefeituras, escolas e pessoas da comunidade. No Grande ABC existem mais de 200 pontos de comodatos, situados nos 350 mil m de extensão das linhas da empresa que cortam os sete municípios da região e parte da Vila de Paranapiacaba.

De acordo com o gestor de sistemas da Eletropaulo, Sergio Luzia, não há risco para os usuários e o objetivo principal da empresa é a preservação do meio ambiente, à medida que contribui para criar um cinturão verde nos municípios. “Ao mesmo tempo, aumenta a segurança dos nossos terrenos, porque os comodatários (pessoas que recebem a concessão temporária) se tornam zeladores do local”, disse o gestor.

Os comodatários podem desenvolver plantio de flores e cultivo de hortas, entre outras atividades. Esse tipo de concessão existe na empresa há mais de 70 anos – quando ainda se chamava Light –, mas só depois da privatização, em 1998, já como Eletropaulo, é que foi dinamizado.

O contrato tem validade de dois anos e pode ser renovado indefinidamente. Algumas pessoas administram o mesmo terreno há três gerações, como a família Bassannelo, que há 70 anos toma conta do terreno na esquina da rua Laura com Cesário Bastos, na Vila Bastos, na região central de Santo André.

“Primeiro foi meu avô, depois meu pai, e agora eu cuido da área, mas só planto flores e plantas medicinais que dou gratuitamente para as pessoas do bairro”, disse a professora aposentada Ignês Bassannelo.

Já a família do agricultor Michiharo Shimabukuro e outras duas famílias que tomam conta de um terreno na Vila Floresta, em Santo André, tiram o seu sustento da horta que cultivam no local. “Temos uma boa clientela, porque as verduras são mais saudáveis e colhemos na frente da pessoa”, afirmou Shimabukuro.

Em São Bernardo, uma das áreas da Eletropaulo está cedida para uma associação da terceira idade, que divide o terreno de 56 mil m² entre 40 idosos que utilizam a área como forma de terapia, sustento e preservação do meio ambiente.

Algumas Prefeituras da região também são comodatárias de áreas que transformaram em jardins ornamentais, como na avenida Nazareth, em São Caetano.




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