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IBGE aponta que famílias gastam menos com comércio e lazer
13/06/2003 | 23:20
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O aumento da despesa dos trabalhadores com bens e serviços cujos preços são administrados – e têm tido alta superior à da inflação ao consumidor – está reduzindo as despesas das famílias com comércio e lazer. Segundo a Global Invest, o peso dos gastos que itens como energia elétrica, telefonia, combustíveis e remédios têm ocupado no orçamento médio da população empregada duplicou desde 1994, passando de uma média mensal de 10,9% para 21,4% (cálculo feito com valores atualizados até abril deste ano). Este é um dos motivos apontados para as expressivas quedas do faturamento do comércio divulgadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nos últimos meses, segundo a consultoria.

Em abril, o volume de vendas do comércio caiu pelo quinto mês consecutivo. O recuo foi de 3,82% sobre o mesmo período no ano passado. No quadrimestre, o recuo é de 5,85%. O volume das vendas de móveis e eletrodomésticos, por exemplo, está 11,79% inferior, até abril.

Como os preços administrados têm avançado mais, sobra menos para outros gastos. “Quanto mais comprometido for o orçamento com bens e serviços essenciais, menos recursos estarão disponíveis para compras no comércio”, avalia a consultoria. Na avaliação dos analistas da empresa, “enquanto perdurar a política de juros altos e a indexação dos preços monitorados , pode-se esperar desempenhos cada vez piores”.

O estudo da Global Invest mostra que o peso dos gastos com bens e serviços de preços controlados também aumentou desde o ano passado. Em abril, a taxa aumentou 11% comparado à média do ano passado (19,3%, 2,1 pontos porcentuais abaixo). O levantamento da consultoria levou em conta as variações da Pesquisa Mensal de Emprego e as captadas no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), ambos calculados pelo IBGE.




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