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Jorge Ben Jor teria sido lesado em R$ 3 milhões
30/07/2009 | 07:00
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Falsificação de assinaturas, empréstimos bancários forjados, duplicatas falsas, notas fiscais frias, favores a terceiros com verbas alheias. O enredo, que parece mais apropriado nos dias atuais ao Senado Federal, envolve a gestão da carreira de um dos mais longevos artistas da MPB, o cantor e compositor Jorge Duílio Lima Meneses, o Ben Jor, de 67 anos.

Ben Jor e sua empresária (que também vem a ser sua mulher), Domingas Terezinha Inaimo de Meneses, foram à polícia denunciar uma ex-gerente financeira de sua empresa por uma sucessão de crimes contra o patrimônio do cantor. O rapa nas contas e nos direitos autorais do artista soma, segundo perícia policial, algo em torno de R$ 3 milhões e estaria sendo praticado há pelo menos três anos.

"Esse processo corre em sigilo de Justiça. Da nossa parte, ninguém vai falar", disse ontem (28), Fátima Amaral, assessora de imprensa do cantor. A acusada de ter praticado os crimes também está incomunicável - a reportagem tentou sucessivas vezes entrar em contato, mas seus telefones não atendem.

Seu nome não pode ser revelado, por determinação judicial. As acusações foram feitas pela mulher de Jorge Ben Jor, que contratou a empresária para agenciar os negócios do marido em 2003.

Uma investigação pedida pelo delegado do 23º Distrito Policial, em março, quebrou o sigilo bancário da acusada e uma perícia concluiu que houve desvios de numerários de Ben Jor, dinheiro de cachês de shows, de aluguel de imóveis e de pagamento de direitos autorais, cujos valores eram transferido direto para a conta da empresária.

Domingas de Meneses contou à polícia que contratou a executiva quando passou a alternar a vida entre o Brasil e os Estados Unidos, aonde os filhos foram estudar. Disse que tinha confiança na empresária.

"Durante anos, nunca percebeu qualquer problema, a não ser a constante falta de dinheiro em caixa", diz a representação que fez na polícia. "Companheiro, quem deixou a raposa entrar?/ Só sobram penas para fazer travesseiro", cantava Ben Jor, em Rabo Preso. O caso foi revelado em meados de julho pelo repórter Cláudio Tognolli, no site Consultor Jurídico.




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