O corpo do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta foi enterrado por volta das 17h30 deste sábado, sob chuva, no cemitério Getsêmani, no Morumbi, após ser velado na Assembléia Legislativa de São Paulo. Ele morreu às 23h50 de ontem em decorrência de complicações provocadas por um câncer no intestino. Pitta deixa dois filhos e a mulher, Rony Golabek.

O ex-prefeito estava internado no hospital Sírio-Libanês desde o último dia 3. Em janeiro, um mês após receber o diagnóstico da doença, ele já havia sido submetido a uma cirurgia para retirada de um tumor no órgão afetado.

Afilhado político do deputado Paulo Maluf (PP), Pitta esteve à frente da Prefeitura de São Paulo entre 1997 e 2000. Sua gestão foi marcada por escândalos e suspeita de corrupção. A principal delas foi o "escândalo dos precatórios", que o afastou do cargo por 18 dias.

Em julho do ano passado, o ex-prefeito foi preso pela Polícia Federal durante a Operação Satiagraha. Ele foi solto em seguida e acusado de corrupção passiva, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e organização criminosa.

Em 2008, ele também ficou em prisão domiciliar pelo não-pagamento da pensão alimentícia à ex-mulher.

Recentemente Pitta estava com todos os seus bens bloqueados e enfrentava dificuldades financeiras, que, segundo o advogado Remo Battaglia, teriam agravado sua situação de saúde.