Para homenagear aquelas que fazem um trabalho diferenciado no Grande ABC, continuam abertas as votações da segunda edição do prêmio Mulheres em Destaque, promovido pelo Diário. O interessado em participar tem até o dia 16 deste mês para escolher uma das três finalistas em cada categoria.

A vencedora de cada quesito, que no total são 13 – Beleza, Comunicação, Cultura, Decoração e Arquitetura, Direito, Educação, Empresarial, Esportes, Gastronomia, Moda, Pesquisa, Ciência e Tecnologia, Saúde e Terceiro Setor –, receberá o prêmio no dia 25, no Teatro Municipal de Santo André.

A opção pode ser feita pelo site do Diário (www.dgabc.com.br) e os votos serão contabilizados a partir do dia 17, pela comissão julgadora. O troféu será em formato de flor estilizada, semelhante ao entregue no ano passado.

O critério para escolha é relevância do trabalho de uma mulher que nasceu, mora ou trabalha no Grande ABC. Todas as indicações foram feitas por leitores e entidades da região.

Conheça um pouco mais sobre as finalistas em Moda: a estilista Isabella Marques, que participa de desfiles, chás e bazares beneficentes na região, Maria de Fátima Ribeiro Greco, que atua há 30 anos no setor, e a proprietária da loja Casa das Três Meninas, Débora Spach.

MARIA DE FÁTIMA RIBEIRO GRECO

Maria de Fátima Ribeiro Grecco, 49 anos, está no ramo da Moda há mais de 30 anos. Por conta deste histórico e de toda luta feminina para se colocar no mercado de trabalho, ela acredita ser importante o reconhecimento proposto pelo prêmio Mulheres em Destaque. “Grande parte das mulheres têm uma jornada dupla de trabalho, tanto em casa como no profissional, e este tipo de homenagem é importante para valorizar isso”, acredita.

Maria de Fátima é proprietária da loja Maria Maria – o nome inspirado na música de Milton Nascimento, a qual ela acha bonita – que fica no Shopping ABC. Ela diz que procura trazer sempre as últimas novidades da moda para a região, para que as clientes fiquem atualizadas. “Minha filha costuma viajar para a Europa e nos ajuda nesta busca de tendências. Isso é importante não só para o visual, mas também para a auto-estima da mulher.”

Ela discorda, no entanto, do estereótipo de que mulheres que gostam de moda são fúteis e não trazem nenhum benefício para sociedade. “Porque muitas das minhas clientes são empresárias, profissionais competentes de diversos ramos, mas que também gostam de se vestir e se sentir bem.”

A profissional se inspirou na vocação de sua mãe, que dava aulas de corte e costura, para escolher a profissão. Ela abriu sua primeira loja, em um comércio de rua, no Centro de Santo André e, por motivos de segurança, mudou-se para o shopping.

DÉBORA SPACH

Débora Spach, 47 anos, herdou o gosto pela moda de sua mãe, dona Fany. Foi ela quem abriu a primeira loja Casa das Três Meninas – o nome foi por causa das três filhas adolescentes –, em 1974 no Stúdio Center, na rua Campos Sales, no Centro de Santo André.

Ela credita a indicação ao prêmio ao nome da loja. “A Casa das Três Meninas tem uma personalidade própria, não depende apenas de mim, mas de toda uma equipe.”

Segundo Débora, a composição das roupas, por terem aplicações artesanais, é de difícil aceitação. “Mas a pessoa começa a usar e, enfrentando os impedimentos sociais, acaba gostando. Por isso, tenho clientes desde os 12 anos até os 70.”

Outro destaque das peças que vende, diz a profissional, é em relação ao tamanho. “Buscamos atender a todos os tipos de mulheres. Qualquer uma pode escolher uma peça, que vai até o tamanho 48, e comprar. Basta gostar.”

À época em que decidiu entrar para o ramo, Débora tinha 13 anos e já ajudava no comércio, que sempre teve peças diferenciadas pelo trabalho artesanal. Aos 16 anos, ela assumiu a loja que, anos depois, mudou-se para shopping da rua Oliveira Lima e ganhou uma filial no Shopping ABC.

Hoje, ela continua comandando duas lojas, só que a do centro transferiu-se para o Shopping ABC Plaza, na avenida Industrial.
 

ISABELLA MARQUES

Experiente em concorrer ao prêmio Mulheres em Destaque, já que na primeira edição ela também foi indicada, a estilista Isabella Marques, 54 anos, de Mauá, diz que adora o que faz.

Segundo ela, que ficou feliz com a indicação, sua dedicação é o maior diferencial de suas roupas. “Comecei na moda com 11 anos e não parei mais. Hoje tenho uma loja e uma confecção e vendo para São Paulo, Minas, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Paraná.”

A mineira, que veio para a região com 20 anos, diz que seu gosto pela confecção de peças se deu devido à necessidade. “Sou de uma família de 14 irmãos e meus pais não tinham condições de comprar roupa para todo mundo. Para ficar bonita, a gente tinha de se virar e aí comecei a fazer roupas.”

No Grande ABC, Isabella começou a difundir seu trabalho vendendo roupas para vizinhas. Em seguida, estendeu as vendas para lojas. “Eu vi que o que faltava era roupas para pessoas mais gordinhas e então decidi focar nesse setor.”

Atualmente, a estilista produz desde roupas com a numeração 48 até a 60. “Busco desenvolver uma linha que tenha um caimento perfeito, para que a pessoa se sinta bem.”

As peças, no estilo esporte fino, têm um toque artesanal, com bordado. “Também faço uma tintura manual, que forma desenhos diferentes nos tecidos.” Isabella participa de desfiles, chás e bazares beneficentes na região.