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Logística trabalha para encurtar caminhos e baratear processos
Camila Galvez
Do Diário do Grande ABC
26/08/2011 | 07:30
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O profissional que atua em logística desvenda os caminhos do transporte e do armazenamento de produtos de forma econômica e segura para as empresas. Seu principal objetivo é reduzir custos e trazer agilidade ao transporte de produtos e pessoas. Segundo especialistas, é uma das profissões do futuro. O tema vem sendo discutido por estudantes de toda região no 5º Desafio de Redação, concurso literário promovido pelo Diário.

Ricardo Molitzaz, 50 anos, trabalha no setor há 30. "Queria ser bombeiro quando era criança." Aos 17 anos, Molitzaz quis ser dentista. Inscreveu-se em vestibulares para odontologia, mas como tinha amigos que pretendiam fazer engenharia, resolveu tentar também. "Na verdade, não sabia o que queria. Ingressei na engenharia e me esqueci do sonho de ser dentista."

Ainda na faculdade, Molitzaz começou a trabalhar em multinacional norte-americana na área de navegação. "Não conhecia nada do setor. Tudo o que sabia de navios era que eles passavam no mar do Guarujá enquanto eu surfava." Mas ele falava inglês, o que era um grande diferencial para a época, e foi ali que começou a se apaixonar pela profissão.

Molitzaz largou a faculdade de engenharia, mas aos 32 anos e já como diretor de logística de uma grande empresa, resolveu que deveria fazer graduação. "Fiz Direito e depois MBA em Logística Empresarial."

A multiformação trouxe visão diferente da vida e do trabalho. "A logística está em tudo. Quando você acorda de manhã e toma banho antes de vestir a roupa, escolhe a logística do seu dia. É assim com tudo na vida, inclusive com as empresas."

Os salários no setor variam muito. Na indústria automobilística, por exemplo, os ganhos iniciais podem chegar a R$ 2.700. Já na área portuária, o valor é mais baixo: R$ 1.500.

Rafael José Ferreira Giuliani, 23 anos, formou-se tecnólogo em logística em 2009. Fez curso técnico antes de ingressar na graduação, motivado pelo trabalho. "Não sabia que fazia logística, só depois foram me explicar."

Hoje Giuliani atua em empresa de transporte aéreo. Iniciou a carreira coordenando os processos de importação e exportação de turbinas de aeronaves. Hoje, como analista de compras, é responsável por contratar fretes internacionais. "Inglês é essencial e, se possível, é interessante conhecer outros idiomas."

Para quem quer se arriscar na área, a dica é estudar bastante e ter pique. Segundo Molitzaz, o trabalho se estende a fins de semana e feriados. "O transporte acontece a qualquer hora e precisamos acompanhar", resumiu.

 

Tema do Desafio empolga estudantes de Diadema 

Em mais um dia do Desafio de Redação em Diadema, os alunos da EE Padre Anchieta se empolgaram ao discutir sobre qual será o futuro do mercado de trabalho. A aposta geral foi nas profissões ligadas ao avanço tecnológico, mas os benefícios desse novo mundo dividem opiniões.

Esse foi o foco da redação escrita por Letícia Carraschi, 12 anos, que teme por onda de desemprego com o desenvolvimento de computadores e robôs. Letícia acredita que a tecnologia irá se desenvolver até chegar ao ponto em que os humanos serão dispensáveis para o trabalho. Letícia pensa em estudar marketing por sua criatividade. "Máquinas não têm imaginação, então essa área vai escapar", opinou.

Já Giovani Martins, 13, está animado com a modernidade. Sua aposta é de que profissões irão surgir graças ao desenvolvimento tecnológico. Giovani acredita que isso irá beneficiar até a advocacia, área que pretende seguir, com a informatização total do sistema judiciário. "Novas máquinas vão surgir e precisará de gente para lidar com elas."

Para os estudantes que cursam até o 2º ano do Ensino Médio, o tema do Desafio de Redação é Profissões do Futuro. Aqueles que já estão no 3º ano do Médio, na preparação para o vestibular, o assunto é Profissões do Pré-sal, da Indústria do Petróleo e Gás.

Na EE Evandro Caiafa Esquível, na Vila Nogueira, a escolha profissional dos alunos é bem diversificada. Bárbara Fregatti, 13 anos, da 7ª série, optou pela engenharia ambiental. "O meio ambiente é importante, mas vem sofrendo muita devastação. Acho que cuidar (da natureza) é um privilégio." (Bruno Martins e Luana Arrais)




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