De acordo com o pedido feito pelo promotor de execuções criminais de Santo André, Antonio Nobre Folgado, os delegados também serão investigados pelo possível envolvimento na prática de contrabando. Um segundo inquérito policial irá apurar se o delegado Fuentes Júnior cometeu crime contra a honra de funcionário público no exercício da função, em razão do depoimento do tenente Francisco Vanderlei da Silva, comandante interino da 1ªCompanhia do 10º Batalhão. O militar afirmou para a promotoria que foi ofendido pelo delegado quando tentava auxiliar no registro do BO.
No mesmo documento, a juíza pede que a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo seja comunicada sobre o ocorrido, para que a Corregedoria da Polícia Civil tome as medidas administrativas.
O caso ocorreu às 18h40 de quinta-feira passada, no cruzamento das ruas Olímpia e Clara, no bairro Camilópolis, em Santo André. Policiais militares cercaram um ônibus branco, com 17 passageiros e um motorista. Nos bagageiros e nos bancos, caixas e sacolas com bebidas, cigarros e eletroeletrônicos estavam escondidos. Tudo sem nota fiscal e trazido do Paraguai. O material está avaliado em R$ 300 mil.
Os soldados Leandro Desiderio Evangelista, Elimar Valentim Diniz, Edvaldo Mizael, e o cabo Francisco Wellington de Noronha, declararam a prisão de todos do ônibus. Os investigadores Santos e Coelho são acusados de estarem na escolta do ônibus e foram “presos” pelo crime de facilitação de contrabando e formação de quadrilha, mas desapareceram da sede do 2º DP. Com uma terceira pessoa ainda não identificada, os dois chegaram em um Fiat Siena prata e tentaram interceder em favor dos sacoleiros.
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