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Volks planeja produzir 1,6 mil veículos por dia
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
31/08/2010 | 07:12
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A Volkswagen planeja ampliar a capacidade de produção na fábrica Anchieta, das atuais 1.300 carros por dia para 1.600 até março do ano que vem. A informação foi dada ontem pelo presidente da montadora no Brasil, Thomas Schmall, em evento em São Paulo. A companhia também já havia anunciado, há poucos dias, que para atender ao aumento do volume de fabricação, contratou neste mês 312 funcionários, para as áreas de armação, pintura e montagem final.

Para representantes do movimento sindical, a expansão da produção no setor automotivo tem contribuído para o aumento de acidentes de trabalho na região. No primeiro semestre foi computada pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) a concessão de 5.394 auxílios por acidente no Grande ABC - alta de 14,6% em relação ao mesmo período do ano passado, quando 4.707 receberam esses benefícios. A situação é ainda mais grave se comparada ao primeiro semestre de 2008. Nos primeiros seis meses de 2010 houve alta de 28% em relação ao mesmo período de 2008, quando foram concedidos 4.211 benefícios.

O primeiro-secretário da FEM-CUT (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT/São Paulo) José Carlos da Silva, disse em matéria publicada no Diário no dia 18, que o excesso de horas trabalhadas, por causa do aumento da produção, é o responsável pela maior parte dos acidentes, já que muitas empresas da cadeia produtiva não abrem novos turnos e o excesso de trabalho traz cansaço físico e mental.

O vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, Sivaldo da Silva Pereira, também atesta que essa relação entre crescimento da atividade e acidentes existe. "Com ritmo acelerado, isso acontece também porque são contratadas muitas pessoas sem treinamento", afirma.

RECALL
O reaquecimento da demanda por veículos tem gerado outro problema: o grande número de recalls de carros. Para Schmall, é uma consequência de a indústria fazer veículos cada vez mais complexos. No entanto, ele faz questão de assinalar que as companhias automotivas têm atualmente instrumentos mais avançados para detectar os problemas mais cedo.

A presidente da General Motors do Brasil, Denise Johnson, concorda que a complexidade aumentou. Em relação ao recente recall feito para troca de mangueira de alimentação de combustível do Agile, ela disse que, nesse caso, foi um problema no fornecedor da peça. "Normalmente, há problemas, por mudanças no processo de produção do fornecedor, mas não poderíamos prever."

 




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