Malan disse, em entrevista ao Bom Dia Brasil, que "é possível um entendimento entre os Bancos Centrais para agilizar os mecanismos de compensação, como liquidação em prazos mais curtos e não a liquidação com três ou quatro meses de defasagem".

Ele disse também que nos últimos dias manteve várias vezes contatos com a nova equipe técnica econômica da Argentina, a quem transmitiu a esperança e a confiança do Brasil em uma recuperação da economia no país vizinho.

Para o ministro brasileiro, "o melhor que o Brasil pode fazer com relação a Argentina é o que está fazendo, acompanhando de perto e atentamente o desenvolvimento do que está se passando, mantendo contatos com as autoridades argentinas em todos os níveis, dialogando".

"Mantive contato com o novo ministro da Economia, (Jorge Remes) Lenicov. Trocamos muitas idéias sobre a região e as formas de colaboração. É preciso ter uma visão que vá além do curto prazo, não podemos ficar apenas nas dificuldades do momento", disse.

As novas autoridades econômicas argentinas, acrescentou Pedro Malan, têm pela frente uma tarefa difícil mas "têm consciência do que é preciso fazer. Não há mágicas nem malabarismos, mas persistência e perseverança, ter um sentido de direção e não se deixar levar pelos cantos da sereia".