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São Caetano ainda tem dúvidas após três treinamentos secretos
Anderson Rodrigues
Do Diário do Grande ABC
02/07/2005 | 08:41
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Dos quatro treinos do São Caetano realizados esta semana, Estevam Soares impediu o acesso da imprensa em três deles. Preocupado com o adversário deste domingo, às 18h10, o Inter-RS, no Beira Rio, o treinador pediu para trancar nesta sexta-feira todos os portões de acesso ao gramado do Anacleto Campanella, só liberando nos minutos finais, quando grande parte dos jogadores já estavam nos vestiários. "Mas vocês (jornalistas) têm acesso a tudo! Só trabalhei um pouco com privacidade", desconversou o técnico. "Hoje em dia tudo é noticiado. Você faz uma experiência aqui e a informação chega na mesma hora lá (Porto Alegre, neste caso)", tentou explicar.

Estevam Soares considera a atitude comum. "Mas vocês conhecem a equipe. Não precisam assistir ao treino todo. O importante é ter notícia, não é? Pode perguntar que eu respondo", ironizou. O treino desta sexta-feira, por exemplo, começou por volta das 9h. Os portões só foram abertos à imprensa às 11h. Quem esperava informações, detalhes sobre o time que vai enfrentar os gaúchos, ficou com a resposta: "O Thiago está fora (suspenso) e deve entrar o Emerson. Provavelmente entra o Canindé no lugar do Edu Sales. Mas há chances para o Fábio Pinto e o Júlio César", disse.

A pequena, mas fiel torcida, que sempre comparece aos treinos também tem sido impedida de assistir às movimentações. Nesta sexta-feira, após abrir os portões, Estevam brincou: "Vocês não podem entrar, só o pessoal da Bengala Azul (organizada)". Mas qual a importância de esconder o jogo num treino antes de uma partida da décima rodada do Brasileiro? Estevam responde. "Queria fazer algumas jogadas e modificações diferentes. Algumas vezes temos de realizar experiências próprias. E isso não vai deixar o torcedor sem informações", disse, sem dar detalhes das alterações.

O treinador não usou como desculpa a possível presença de um espião gaúcho, como fez num treino antes da partida contra o Atlético-MG, quando recebeu a informação de que um espião estava ao redor do Campanella a pedido de Tite, técnico do Galo e ex-funcionário do Azulão. Nesta sexta-feira, minimizou a rivalidade com Muricy Ramalho, campeão paulista com o São Caetano em 2004. "Mudou muita coisa daquela época. O que ele sabe de nós, sabemos deles", afirmou.



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