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Aposentada fazia abortos em sua casa em Diadema
Sergio Campos
Do Diário do Grande ABC
24/10/2002 | 21:33
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A ex-auxiliar de enfermagem aposentada Josenita Félix dos Santos, de 52 anos, foi presa nesta quarta, no bairro Eldorado, em Diadema, acusada de praticar aborto ilegal em sua casa. Ela confessou que provocava os abortos, mas que atualmente tinha parado. Apesar de ter confessado, Josenita não ficou detida porque não foi presa em flagrante – praticando o ato – e se beneficiou do período pré-eleitoral, em que a lei não permite manter preso ninguém que não seja autuado em flagrante. No entanto, segundo o delegado Gentil de Oliveira Júnior, um inquérito contra a auxiliar de enfermagem já foi instaurado.

A polícia chegou até Josenita por meio de uma denúncia anônima no disque-denúncia. O denunciante disse que a ex-auxiliar de enfermagem praticava aborto em sua casa e cobrava R$ 600 ou aparelhos eletrodomésticos como forma de pagamento. Informou também que às 19h desta quinta, uma adolescente iria até o local para utilizar os serviços da aposentada.

Um casal de investigadores foi até a casa dela e observou à distância para esperar a jovem e flagrar a acusada ao executar o aborto dentro da casa. Como ela não apareceu às 19h, conforme a denúncia, os dois fingiram se interessar pelo serviço.

Eles foram atendidos por Josenita e a policial disse que era uma gestante e queria fazer um aborto. No momento em que a auxiliar de enfermagem concordou em fazer o serviço, o policial se identificou e deu voz de prisão. “Ela não resistiu e permitiu fazer uma busca pela casa, onde encontramos materiais cirúrgicos, como agulhas, sondas, luvas, máscaras e um estetoscópio”, disse o delegado, que a levou para a delegacia para abrir um inquérito, e a liberou. Agora, a polícia procura uma mulher que tenha feito aborto com a acusada para que testemunhe no caso para prendê-la.

A reportagem do Diário foi até a casa de Josenita e ela disse que há mais de um ano não faz aborto e que a denúncia foi feita por um morador que quer prejudicá-la. “Eu só provocava o aborto com uma sonda, mas só com as gestantes de até um mês. Também não fazia em menores”, disse ela.




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