Com gostinho de vingança, a seleção brasileira de vôlei masculino venceu a Venezuela neste sábado, por 3 sets a 0 (parciais de 25 a 22, 26 a 24 e 25 a 22), e conquistou o título do Campeonato Sul-Americano em 1h15 de jogo - é o 24º titulo da competição. Além da vitória, o Brasil comemora outras duas coisas: a vaga para a Copa do Mundo do Japão e a revanche da derrota na semifinal do Pan de São Domingo – a Venezuela foi campeão da competição sobre Cuba e o Brasil ficou em terceiro lugar.

Apesar dos 3 sets a 0, o jogo disputado no Complexo Esportivo Miécimo da Silva, em Campo Grande, no Rio de Janeiro, foi mais do que equilibrado. O placar ficou o tempo todo parelho, com no máximo três pontos de diferença, e foi marcado por saques e ataques forçados, pontos fortes de ambas as equipes. O diferencial para a supremacia brasileira foi a defesa, com a recuperação de bolas praticamente perdidas.

Para o técnico Bernardo Resende, o Bernardinho, a vitória foi importante para restabelecer física e mentalmente a seleção, que ficou abalada com a derrota no Pan. “Mas mesmo assim eles ainda mostraram certa imaturidade. Vamos trabalhar isso”, disse, ao mencionar que os jogadores se exaltaram e bateram boca com os adversários.

Mas os atletas brasileiras não foram tão comedidos no entusiasmo. “Valeu a revanche. A Venezuela estava entalada na garganta. O Brasil se preparou muito essa semana, e agora é treinar para a Copa e garantir a vaga nas Olimpíadas”, afirmou Anderson. Para o levantador Ricardinho, a Vezenuela mostrou que pode ganhar de qualquer equipe: “Foi um jogo difícil, mas mostramos porque somos campeões mundiais”.

O capitão Nalbert, por sua vez, disse que a única opção deste sábado era a vitória. “Botamos as coisas nos seus devidos lugares. Àquilo (derrota no Pan) foi um acidente, algo fora da realidade, mas aprendemos a lição. Nosso time é forte tecnicamente mas o diferencial é a emoção, não deixar a bola cair. Não admitiríamos, em hipótese nenhuma, perder hoje”, desabafou.

Passeio - O jogo da final foi o único difícil para o Brasil, que passeou sobre as outras equipes do torneio. Primeiro foi sobre o Chile, por 3 sets a 0, parciais de (parciais de 25/15, 25/11 e 25/13). Em seguida foi a vez do Paraguai ‘sofrer’, perdendo por mesmos 3 sets a 0 (parciais de 25/9, 25/9 e 25/13) e, por fim, a Argentina, com o mesmo placar, (25/20, 25/15 e 25/19).