Política Titulo Confiança
Região tem 2.846
cargos comissionados

Prefeituras empregam em média 7% de apadrinhados;
dados são de relatório do Tribunal de Contas do Estado

Raphael Rocha
do Diário do Grande ABC
08/01/2012 | 07:03
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O Grande ABC possui 2.846 cargos comissionados espalhados pelas sete prefeituras. O número de servidores de confiança dos prefeitos representa 7% dos 41.385 funcionários em postos públicos. Os dados são referentes ao relatório de 2010 do Tribunal de Contas do Estado.

A cidade que proporcionalmente acolhe o maior número de comissionados é Rio Grande da Serra, comandada por Adler Kiko Teixeira (PSDB). Dos 603 funcionários do Paço, 301 são cargos de confiança - 50% de todo o quadro. O valor despendido com servidores está próximo do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal. O município gasta R$ 18,3 milhões com trabalhadores, para receita de R$ 36,5 milhões. O montante corresponde a 50,17% de comprometimento da arrecadação. O teto de prudência da LRF é de 51,3% do orçamento.

Em seguida aparece Ribeirão Pires, de Clóvis Volpi (PV). O verde emprega 2.592 servidores, sendo 427 comissionados - 16%. A cidade não está com a lista de pagamento de funcionários inchada: despesa de R$ 56,9 milhões com trabalhadores e receita de R$ 151,3 milhões, 37,6% destinado à força humana do governo.

Mauá, de Oswaldo Dias (PT), destina 12% do funcionalismo para cargos de confiança. São 447 escolhidos sem concurso público para um total de 3.872 servidores. E R$ 187,1 milhões dos R$ 554,5 milhões de arrecadação são consumidos pela folha - 33,73% de comprometimento das finanças.

 

Mais concursados - São Bernardo, de Luiz Marinho (PT), é o município que menos emprega, proporcionalmente, funcionários de confiança. Dos 13.876 trabalhadores, 567 são comissionados, ou 4% do total da mão de obra. A receita é de R$ 2,2 bilhões e o prefeito investe R$ 828,9 milhões na folha de pagamento.

Santo André, de Aidan Ravin (PTB), e Diadema, de Mário Reali (PT), registraram percentuais iguais: 5% de comissionados. A primeira conta com 8.193 cargos, sendo 399 de confiança, e Diadema, com 7.407 funcionários, possui 407 apadrinhados. Mas a cidade administrada por Reali sofre com alto custo da folha, pois despende R$ 307,4 milhões com pessoal para receita de R$ 634,7 milhões - comprometimento de 50,7%.

Chefiada por José Auricchio Júnior (PTB), São Caetano registra 4.842 servidores, sendo 298 comissionados - 6% do total. A receita é de R$ 788,2 milhões e o custo com trabalhadores é de R$ 361,7 milhões.




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