Nos últimos cinco meses, a diretoria fez pesquisas e comparou os pontos positivos dos programas de outros clubes para elaborar uma proposta final adequada ao São Paulo. "Temos 54 mil sócios em dia, mas nosso cadastro é de 105 mil pessoas. Queremos conseguir a reativação de todos eles até dezembro", disse o vice-presidente de marketing e comunicações do clube, Douglas Schwartzmann.

O São Paulo conta atualmente com apenas três programas, o mais caro deles tem a mensalidade de R$ 100. Com as mudanças, serão ao todo oito planos, com valores que variam entre R$ 19 e R$ 490. Neste último, o torcedor vai ter como principais vantagens ganhar uma camisa oficial e, para os jogos, além de não precisar pagar ingresso, vai poder levar acompanhante e ficar no Morumbi em uma área nobre e com buffet.

Toda a operação das modalidades do programa ficará sob responsabilidade do São Paulo, que dispensou empresas terceirizadas. Outra grande aposta é na fidelização. "Vamos criar uma espécie de moeda interna, que será chamada de Tricolor. O acúmulo dela vai possibilitar a troca por premiações, como compras, viagens e experiências com o time", disse o dirigente. No futuro, os mais assíduos aos jogos vão ter a chance de conhecer de perto os jogadores e visitar o gramado do Morumbi, por exemplo.

O São Paulo também vai tentar estabelecer parcerias com empresas para oferecer descontos aos torcedores que participarem do programa. As mudanças também serão direcionadas para contemplar com vantagens torcedores que morem em outros Estados.

O clube do Morumbi criou o programa de sócio-torcedor em 1999, mas nos últimos anos passou a ser superado pelos rivais nesse segmento. Em 2015, o São Paulo também tem investido em outras estratégias para se aproximar dos são-paulinos, como oferecer a chance de jogar com Rogério Ceni. Em junho, o goleiro vai se revezar em diferentes times para jogar no Morumbi ao lado de 44 torcedores, que pagaram R$ 4,8 mil cada.