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Ídolo, experiente meia Ricardinho lamenta falta de reconhecimento

Jogador revela mágoa com o Água Santa e critica postura da diretoria após dois acessos

Thiago Bassan
02/05/2015 | 09:37
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Ricardo Trida/DGABC


 O ídolo está amargurado. Lembrado até hoje pela torcida do Água Santa por sua passagem vitoriosa no clube, pelo qual conquistou dois acessos consecutivos, o veterano meia Ricardinho revelou mágoa com a diretoria. Sem citar nomes, mas com muita tristeza, o jogador, que atualmente defende a Portuguesa Santista, disse que esperava reconhecimento maior por parte do clube de Diadema. Juntamente com outros jogadores que se destacaram na equipe, ele foi dispensado após conquistar o acesso à Série A-2 do Paulista, no ano passado, sem saber ainda os motivos.

“Até hoje não sei por que saí do Água Santa. Não sei se foi ordem do técnico (Márcio Ribeiro) ou da diretoria. Simplesmente me disseram que eu estava fora. E saí. Não guardo rancor. Mas tenho mais de 20 anos de carreira, e dei o meu melhor pelo clube. Cheguei quando ainda era da várzea, e eles tinham um projeto, mas não cumpriram. Não acho certo o que fizeram com o (meia Lucas) Limão, (lateral) Júlio Cesar, (atacante) Marcelinho. Não deram valor para esses jogadores. Quando o time estava na (Série) A-3, a gente fazia de tudo. Depois, não teve reconhecimento algum, nem uma ligação, nada”, criticou o jogador.

Recentemente, Ricardinho voltou ao Inamar para enfrentar o CAD pela Segunda Divisão do Campeonato Paulista. E ouviu de alguns torcedores o xingamento de ‘traíra’, por ter deixado o Netuno, crítica que o atleta faz questão de rebater prontamente. “Alguns torcedores e até mesmo pessoas que eu conheço disseram isso no jogo. Mas, na verdade, eles nem sabem o que aconteceu. Você cria um vínculo e, de repente, eles (da diretoria) te mandam embora. Nem me agradeceram por nada. Eu era o capitão do time. Quando a gente perdia, eu que organizava a reunião para falar o que estava certo ou não. Não tive sequer a chance de falar com alguém”, recordou o meia.

Entre os ‘culpados’ por Ricardinho pela falta de reconhecimento do Água Santa por seu histórico no clube, está o ex-jogador do clube e atual gerente de futebol João Paulo Di Fábio. Sem citar o nome do ex-companheiro, o meia criticou a decisão do clube de colocar o ex-zagueiro como dirigente. “Teve jogador que atuou em três partidas e já virou dirigente. Não que eu quisesse algum cargo no clube, mas faltou reconhecimento. Teria que ter não por mim, mas pelos garotos que fizeram tudo e colocaram o clube na Série A-2. Você começa um projeto e na parte boa eles te cortam”, criticou. Questionado sobre o assunto, Di Fábio não quis se manifestar.

Pelo menos no que diz respeito ao reconhecimento dos torcedores, Ricardinho relembra com alegria o apoio que recebeu nos dois anos em que vestiu a camisa do Netuno. “Eles são fora de série. Todos sempre me trataram muito bem, com carinho e respeito. Agora, o Água (Santa) pode subir para a Primeira Divisão (Série A-1), mas nem vejo mais os jogos por desgosto, pela forma que agiram comigo. O futebol não tem mais surpresa, o nível está muito baixo. Então, tudo pode acontecer”, analisou.




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