Setecidades Titulo
Mais de 1,5 tonelada de lixo cai em bocas-de-lobo
Isis Mastromano Correia
Do Diário do Grande ABC
01/10/2007 | 07:16
Compartilhar notícia


Tudo quanto é lixo jogado na rua tem destino quase certo: as bocas-de-lobo. São mais de 40 mil só em Santo André e Diadema, e a quantidade de detritos recolhidas em ambas cidades assusta.

O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) estima que, por ano, 1.500 toneladas de lixo sejam retiradas de bocas-de-lobo na cidade.Em Diadema são 120 toneladas a cada mês.

Na região, o período de limpeza varia de cidade para cidade. Em média, a manutenção das bocas-de-lobo é realizada de seis em seis meses e em ocasiões de emergência.

Em Santo André, 47 pontos considerados inundáveis recebem atenção especial, como no entorno das estações de trem em Utinga e no Centro. São áreas baixas e planas onde a água não tem velocidade para escoar e a sujeira se acumula.

No caso de Diadema, os esforços para evitar possíveis enchentes se voltam para os bairros Eldorado e Campanário, em sete pontos distintos.

Inimigo - Todas as cidades realizam trabalhos freqüentes de limpeza nas bocas-de-lobo, mas vencer a falta de educação de quem descarta lixo na rua é o mais difícil. “Fizemos uma limpeza na Perimetral e, em um fim de semana, tiramos seis caminhões de garrafas PET e lixo plástico em geral”, diz Norberto Padovanni Pinto, engenheiro responsável pela manutenção do sistema de drenagem de Santo André.

Ele explica que apenas três dessas garrafas são suficientes para entupir uma boca-de-lobo e causar estrago significativo numa quadra inteira. Em seguida no ranking do lixo vem as famosas latinhas de alumínio, pneus, madeiras e sacos de lixo.

“Já encontramos um colchão que um cara escondeu em três bocas-de-lobo, uma do lado da outra”, conta Norberto sobre o lixo mais inusitado que já teve de recolher.

As bocas têm um metro de largura por 40 de profundidade e são capazes de absorver 60 litros de água por segundo. A limpeza é geralmente feita com pás e mangueiras de alta pressão para desobstruir o caminho das chuvas.

Por questões ambientais, em Santo André, a limpeza das bocas-de-lobo pouco antes dos períodos de chuva é cada vez mais importante. De acordo com o engenheiro Norberto Padovanni, desde 2002 o índice pluviométrico do município tem aumentado em 10% a cada verão.



Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;