Economia Titulo
Bancos do Grande ABC giram R$ 5 bilhões
Rita Norberto
Do Diário do Grande ABC
05/05/2001 | 17:40
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  O Grande ABC movimentou, no ano passado, R$ 5.338.447.129,97 referentes a depósitos à vista, a prazo e poupança nas instituições financeiras das sete cidades da região. Os dados são do Banco Central, e representam um aumento de 7,37% em relação a 1999, quando o montante captado havia sido de R$ 4.971.906.466,65. Segundo o levantamento do BC, no ano passado 262 agências funcionavam na região. Juntas, elas responderam por R$ 3.325.562.418,45 em aplicações (operações de crédito disponíveis aos clientes), valor 41,61% superior ao registrado em 1999, de R$ 2.348.273.325,61.

O volume das aplicações da região representa 1,94% de tudo o que foi gerado no Estado de São Paulo em 2000. Neste tipo de operação bancária, São Bernardo é o campeão entre os sete municípios. Responde por mais da metade de todo o bolo: R$ 1.854.760.337,20, o que representa 55,77%.

Santo André vem em seguida, mas com bastante diferença: a cidade gerou, no ano passado, R$ 642.171.367,78, o equivalente a 19,31% do total. Em terceiro, aparece São Caetano, com R$ 362.433.695,01 (10,9%). Diadema teve 6,51% do total de aplicações; Mauá, 4,52%; Ribeirão Pires, 2,92%, e Rio Grande da Serra, 0,07%.

A liderança de São Bernardo não é recente. De acordo com os números do BC, em 1998 o município foi responsável por de R$ 1.344.002.253,71 em aplicações, o equivalente a 51,49% do total, que naquele ano foi de R$ 2.610.312.948,96.

Em 1999, a cidade também concentrou a maior parte das aplicações (R$ 1.051.846.185,06), o que representou 44,79% do total de R$ 2.348.273.325,61 em aplicações.

Se São Bernardo lidera nas aplicações, é de Santo André a liderança em montante de poupança. No ano passado, o município ficou em primeiro lugar no ranking dos sete municípios, com um volume de R$ 1.022.711.657,94 – 33,36% do total, que foi de R$ 3.066.075.058,59. O valor representa 7,13% da quantia de todo o Estado de São Paulo.

São Bernardo ocupou a segunda posição no ano passado, com R$ 984.248.049,79, o equivalente a 32,1% do total. Na seqüência vieram São Caetano, com R$ 487.269.178,83 (15,89%) e Diadema, com R$ 265.996.428,70 (8,68%). Na quinta posição ficou Mauá, com R$ 201.502.268,18 (6,57%); na sexta, Ribeirão Pires, com R$ 97.186.623,49 (3,17%), e, na sétima, Rio Grande, que teve no ano passado R$ 7.160.851,66 em poupança, com uma participação de 0,23% no total.

De acordo com o levantamento do BC, o volume de poupança cresceu 32,27% nos últimos dois anos. Pelos números, em 1998 os depósitos nesse tipo de aplicação – o mais tradicional do mercado financeiro – totalizaram R$ 2.317.933.836,69. Em 1999, R$ 2.946.328.177,10. O montante de poupança compõe, ao lado dos depósitos, o total de recuros de captação.

As diferentes lideranças têm explicação, na opinião dos analistas do mercado ouvidos pelo Diário. “São Bernardo é maior e tem mais empresas, que tomam recursos. É uma cidade que tem mais demanda por operações de crédito bancário. Santo André, por sua vez, mostra um perfil de clientes de pessoas físicas”, afirmou o diretor de tesouraria do Banco Sudameris, Rafael Cardoso.




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