Há quase um mês e meio, mais precisamente 44 dias, o São Caetano não sabe o que é vencer no Estádio Anacleto Campanella nesta Série A-2 do Campeonato Paulista. O último triunfo do Azulão em casa foi em 28 de fevereiro, quando goleou o Monte Azul por 4 a 1.

Desde então, o time fez quatro jogos em seus domínios: foram dois empates, contra Oeste (1 a 1) e Matonense (0 a 0) e duas derrotas, para Mirassol (1 a 0) e Guarani (1 a 0). Isso explica porque a equipe está fora do G-4, ocupando a sétima colocação da classificação com 29 pontos, a um da zona de acesso à elite.

Questionado sobre essa irregularidade no Anacleto, o técnico Luís Carlos Martins foi breve. “Nessa competição, em alguns jogos em casa, as coisas não aconteceram como gostaríamos. Acabamos invertendo e buscando (vitórias) fora”, declarou o comandante.

O treinador também lamentou os desfalques diante do Guarani, no sábado, que impediram um rendimento melhor em campo. “Jogamos sem cinco jogadores, por exemplo. Cinco são meio time. Quando um jogador vem jogando é um ritmo, mas quando não vem jogando, o ritmo é outro. Não é que os que entraram não corresponderam, mas a questão é o ritmo de jogo”, explicou.

Mas mesmo com os altos e baixos, Martins preferiu exaltar o trabalho que realiza desde sua chegada ao clube. “Graças aos esforços dos jogadores, de vocês da imprensa e do torcedor que comparece aos jogos, não estamos brigando para ficar lá embaixo, no descenso. Em uma reformulação total de tudo o que aconteceu no passado, o São Caetano, em um prazo de cinco meses, não vai tão mal. Hoje o São Caetano briga para subir”, disse o treinador do Azulão, em tom de desabafo.

“Temos nove pontos em disputa e 29 conquistado na classificação. Tudo pode acontecer. Aqui não tem desânimo, continuaremos trabalhando”, projetou, otimista, o treinador que é conhecido como o Rei do Acesso.