O nome do ex-vereador e ex-vice-prefeito de Mauá Paulo Eugenio Pereira Júnior (PT) passou a ser discutido internamente no PT como possível candidato ao Legislativo na eleição de 2016. Ele deixou a direção da Secretaria de Mobilidade Urbana para tentar cadeira de deputado estadual no ano passado, não obteve sucesso e agora tenta se reposicionar no cenário político.

A possibilidade surgiu diante das seguidas recusas de Paulo Eugenio em voltar a compor o primeiro escalão do prefeito Donisete Braga (PT). A relação dos dois ficou estremecida depois do resultado eleitoral negativo do petista, que se queixou da falta de empenho de Donisete e seus comissionados com a campanha para vaga na Assembleia Legislativa.

Paulo Eugenio, inclusive, tem sido comparado com a senadora Marta Suplicy, que se movimenta para trocar o PT pelo PSB com a intenção de disputar a prefeitura da Capital contra o prefeito Fernando Haddad (PT) em 2016. O rótulo, entretanto, é distribuído a muitos petistas mauaenses que não estão em boa sintonia com Donisete.

Por outro lado, este debate tem causado estranheza em aliados de Paulo Eugenio, já que o grupo petista é representado na Câmara por Paulo Suares, que dirigiu a Casa no biênio de 2013-2014. “Nosso grupo tem só um vereador, que sou eu. Serei candidato à reeleição ou, se possível, a vice-prefeito na eleição de 2016”, definiu o petista, que reclamou da discussão pública sobre o planejamento eleitoral do partido. “Não é saudável fazer esse debate no jornal. Essas fofocas só atrapalham, servem para desunir grupos.”

Antes da ventilação de retorno de Paulo Eugenio, o nome de sua mulher, Melissa Spröesser Alonso, foi cotado para ocupar a vaga de candidata a vereança do grupo. Como consultora técnica do Ministério da Saúde, ela ganhou notoriedade em assinatura de convênios de doações de equipamentos a prefeituras do Grande ABC.

Paulo Eugenio foi um dos arquitetos da candidatura de Donisete a prefeito em 2012. Com apoio do vereador licenciado e atual secretário de Serviços Urbanos, Rogério Santana, a dupla articulou internamente no PT e retirou a possibilidade do então chefe do Executivo mauaense, Oswaldo Dias – com baixa avaliação popular –, disputar a reeleição.

Procurado, Paulo Eugenio não retornou os contatos.