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Pelo direito de escolher

O Estado de São Paulo deu passo importante para respeitar as mulheres no momento mais importante de suas vidas: o de dar à luz

Do Diário do Grande ABC
12/04/2015 | 09:31
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Artigo

O Estado de São Paulo deu passo importante para respeitar as mulheres no momento mais importante de suas vidas: o de dar à luz. Com a lei sancionada pelo governador Geraldo Alckmin, as gestantes que optarem por ter seus filhos na rede pública poderão escolher a forma como desejam ser tratadas durante o parto, ou seja, elas irão dizer qual é a posição mais confortável para dar à luz, além de comer e beber durante o procedimento.

Além de conceder à mulher o direito de escolher o que é melhor para si, a lei determina que os médicos do SUS (Sistema Único de Saúde) devem justificar o uso de episiotomia nos procedimentos realizados na rede pública.

A episiotomia é corte no períneo para facilitar a passagem da cabeça do bebê durante o nascimento e prática muito utilizada por médicos e enfermeiras. O procedimento tornou-se tão comum que, na maioria das vezes, é feito sem autorização da mulher. A questão é que essa intervenção, à primeira vista inofensiva, pode causar diversos transtornos e marcar a mulher pelo resto da vida.

Pesquisas apontam que a episiotomia pode provocar incontinência urinária e fecal, infecção local, além de prejudicar a vida sexual com a perda da sensibilidade ou até mesmo a dor durante a relação.

Há anos lutamos pela extinção dessa prática nos partos, mas, infelizmente, estima-se que mais da metade das gestantes (53%) continuam sendo vítimas da prática, encarada como mutilação genital. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), a recomendação é que utilize a episiotomia em apenas 10% dos casos.

A diferença entre o percentual recomendado e o praticado assusta e nos leva a pensar o que motiva tamanho abismo entre as realidades. O primeiro ponto é que muitos médicos estão acostumados a realizar a prática de forma rotineira, quando, na verdade, a intervenção seria necessária em apenas alguns casos.

A mulher também pode fazer sua parte conversando com o médico responsável pelo pré-natal, principalmente agora, que é permitido realizar o plano individual do parto na rede pública. Nesse caso, ela poderá indicar se deseja utilizar anestesia, quais opções não farmacológicas para evitar a dor e saber antecipadamente onde será realizado o parto.

Apesar dos pontos a serem avançados, entendo que a Lei 15.759/15 é vitoriosa na luta pelo parto humanizado no Estado, bandeira do meu mandato na Assembleia Legislativa, tendo em vista que 80% dos partos realizados no Brasil ocorrem no Sistema Único de Saúde.

Vanessa Damo é deputada estadual e presidente do PMDB Mulher-SP.

Palavra do leitor

Inútil
Acompanho a excelente cobertura sobre a paralisação das obras do inútil ‘Museu dos Companheiros’ (Política), que deveria ter sido feito pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e não pela administração de cidade que não é só de metalúrgicos, mas de trabalhadores de todos os segmentos. A realidade é que não consumiu somente R$ 18 milhões. Quando Luiz Marinho assumiu a Prefeitura, em janeiro de 2009, essa área, que era de propriedade do antigo Fuprem (Fundo de Previdência dos Funcionários), já estava com edital para alienação nas ruas e laudo de avaliação em torno de R$ 14 milhões à época. O prefeito, quando extinguiu o Fuprem e criou a SBCPrev, deu golpe nos funcionários e retomou os imóveis que haviam sido dados em pagamento ao fundo. Então, já consumiu muito mais. Hoje, o imóvel valeria mais de R$ 20 milhões.
Moyses Cheid Junior
São Bernardo

Terceirização
A CUT, o MST e o PT manifestaram-se contra a aprovação da terceirização da mão de obra pelo Congresso. Alegam perda de direitos trabalhistas e acusam a medida de escravizante. Curioso é que permaneceram em silêncio no caso dos médicos cubanos, que é exatamente a mesma coisa.
Vanderlei A. Retondo
Santo André

Culpa da oposição
Agora, o PT vai apoiar os protestos contra o seu próprio governo, por orientação de Lula. Vai aparecer como o defensor dos pobres e oprimidos, quando é o seu governo que está roubando direitos. Eles têm a cara de pau de defender a Petrobras, mas não afastam Vaccari Neto. Enquanto isso, não se ouve som da parte do PSDB no sentido de apoiar oficialmente as manifestações, tal como Aécio Neves afirma como sinal de fortalecimento da democracia. É hora de sair de cima do muro e apoiar o povo, que não quer mais votar em Dilma Rousseff e no PT, mas que ainda não encontrou motivos para votar no PSDB, porque não está sendo defendido por ele. Não basta mais apenas criticar o governo da presidente Dilma Rousseff. Se as manifestações de hoje forem menores do que as de 15 de março, a culpa será toda da oposição. Acorda, Nação brasileira.
Luizinho Fernandes
São Bernardo

Aço da balsa
Cadê os tambores que estavam no bairro Tatetos, em São Bernardo? A incompetência comeu! É isso aí! Na Represa Billings, no braço que serve de travessia da Balsa João Basso, foram colocados tambores na água, sinalizando por onde passa o cabo de aço da balsa, que no passado já foi causa de inúmeras perdas de vidas! Pois bem! Serviço malfeito, a correnteza da represa já os levou para longe e eles estão lá, perneando grande parte da represa. E os cabos de aço da primeira Balsa João Basso estão prontos para mais uma tragédia. E, nós, que atravessamos todo dia pela balsa, ficamos com o coração aflito, pois sabemos que a qualquer momento o sinistro vai acontecer.
Maria das Graças Hernandes
São Bernardo

Desilusão
Para não piorar ainda mais, a presidente da República, Dilma Rousseff, resolveu abandonar o governo bem de mansinho para ninguém perceber. Dia 9 ela estava no Panamá. Resolveu dar a Presidência para o vice, aquele homem com cara de mordomo de filme de terror, o Michel Temer. Isso na articulação política, porque a economia está nas mãos do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Tem gente otimista? Eu não tenho mais nenhuma expectativa de dias melhores. O Brasil está quebrado, falido e não tem mais jeito.
Edson Rodrigues
Santo André
 




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