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Ecologia com jeito mineiro
Por Heloísa Cestari
Do Diário do Grande ABC
24/02/2005 | 15:11
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Como todo mineiro que se preza, o município de Bueno Brandão, a 167 km de São Paulo, sabe como ninguém aliar uma infinidade de atrativos ecológicos e de aventura sem abrir mão do jeitinho quieto, ao mesmo tempo tímido e acolhedor, que tanto caracteriza o povo de Minas Gerais. Não à toa, muitos o chamam de Cidade das Cachoeiras: ao todo, Bueno Brandão conta com 33 quedas d’água catalogadas e exploradas turisticamente, a maior parte delas com acesso por trilhas em meio a muito verde e a estonteantes 1,3 mil metros de altitude, bem na crista da serra da Mantiqueira.

São elas – as cachoeiras – as grandes vedetes dos praticantes de trekking, cascading, canyoning e rafting. Principalmente entre os meses de dezembro e março, quando o aumento nos índices pluviométricos garante um volume extra às corredeiras e à própria aventura, tornando, em contrapartida, as trilhas bem mais escorregadias. Já no inverno, a adrenalina e a imponência dos rios caudalosos cedem lugar ao romantismo típico das regiões serranas, marcado pelos invernos rigorosos e pela bela paisagem das matas de araucárias adornadas por um pôr-do-sol cor-de-rosa a temperaturas não raro abaixo de zero.

Na estrada de terra que leva para a cidade de Socorro, o Morro do Serrinha, a 1,5 mil metros de altitude, proporciona uma vista privilegiada de Bueno Brandão, Vargem Grande e da serra, além de ser um dos melhores trechos da região para a prática de trekking. Mais 9 km e chega-se à cachoeira dos Félix, cujos 30 m de queda rendem deliciosas duchas para banho, além de pontos indicados ao canyoning e ao rafting. Quem gosta de canyonings radicais, no entanto, deve seguir um pouco mais adiante até encontrar a cachoeira do Machado II, com 70 m de altura e acesso por uma trilha puxada, embora dure apenas 10 minutos.

Já na estrada que leva para Munhoz, os destaques são as cachoeiras Cascavel, com poço para banho e paredão para escalada e rapel; do Davi, dos Luís – uma das mais bonitas, com duas quedas paralelas –, do Cigano (em propriedade particular), de Santa Rita – ótima para banho – e a seqüência de cascatas do Limoeiro,

que abrange nada menos que 3 km de corredeiras e piscinas naturais.

Quem vai no sentido de Bom Repouso, por sua vez, acha o ponto de partida da estradinha de 1 km que conduz ao pico Dois Irmãos. O local teria servido de moradia indígena e, hoje, oferece uma ótima vista da serra a 1,6 mil metros de altitude. Já quem prefere chegar às alturas sem ter de encarar longas caminhadas pode optar por cavalgadas de duas horas até o mirante ou de seis horas passando pela área rural e pelas principais cachoeiras da região. Os preços dos passeios variam de R$ 20 a R$ 35 conforme o roteiro. Pesqueiros também fazem

Para chegar à maior parte destes paraísos ecológicos, no entanto, o turista deve recorrer a agências ou guias locais que conheçam bem a região e sejam devidamente credenciados no município. Outras informações sobre a história e os pontos turísticos da cidade pode ser conferidas no site www.buenobrandao.com.br.



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