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Mais de 96 mortos na explosão de depósito de armas em Maputo
Da AFP
23/03/2007 | 16:56
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Pelo menos 96 pessoas, entre elas várias crianças, morreram e centenas ficaram feridas na quinta-feira numa explosão registrada no maior depósito de armas de Moçambique, situado perto do aeroporto internacional de Maputo, informou o governo nesta sexta-feira.

"Nos hospitais de Maputo foram contabilizadas 96 pessoas mortas e mais de 400 feridas", declarou o ministro da Saúde, Ivo Garrido, que advertiu que este número pode aumentar.

As explosões em série de bombas, minas e munições começaram por volta das 18h locais (13h de Brasília) e só pararam três horas e meia depois.

A tragédia afetou fundamentalmente a grande favela de Magoanine, perto do arsenal, provocando danos nos edifícios vizinhos e quebrando as janelas dos imóveis.

Muitos barracos foram pulverizados, queimados ou tiveram os tetos arrancados, segundo um correspondente da AFP que visitou a área da tragédia na quinta-feira à noite, mas não teve acesso ao arsenal, uma zona militar proibida.

O tráfego foi interrompido durante várias horas na manhã desta sexta-feira no aeroporto para a limpeza das pistas.

Segundo o governo, o forte calor pode ter provocado a explosão.

"Registramos temperaturas elevadas de 37 ou 38 graus durante os últimos meses e isto pode ter provocado as explosões", declarou Joaquim Mataruca, porta-voz do ministério da Defesa. Segundo ele, a investigação do caso prossegue.

Mataruca disse que o ministério da Defesa executava atualmente um programa de destruição de armas e munições obsoletas. "Recentemente destruímos mais de 100 toneladas de armas e continuaremos fazendo isto".

"É o maior arsenal do país. Contém milhares de toneladas de armas e munições", disse à imprensa Miguel Barreiro, funcionário das Nações Unidas que supervisiona o programa de desarmamento do país.

O presidente de Moçambique, Armando Guebuza, visitou o local da catástrofe na manhã desta sexta-feira. Na véspera havia pedido calma à população.



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