Fechado desde outubro, Pronto Atendimento
de Santo André vai ser transformado em UPA
Previsto para ser entregue no pacote de inaugurações em celebração ao aniversário de Santo André (comemorado na quarta-feira), o PA (Pronto Atendimento) Central 24 horas reabrirá as portas somente no segundo semestre. Segundo o secretário de Saúde do município, Homero Nepomuceno Duarte, a previsão é que as atividades sejam retomadas até setembro.
Desde o dia 6 de outubro, o equipamento foi fechado para passar por processo de reforma e ampliação que o transformará em UPA (Unidade de Pronto Atendimento).
A justificativa para o atraso na entrega é a substituição de uma das empresas que participam da reformulação do empreendimento. De acordo com a Secretaria de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos, o contrato com a responsável pela reforma – a Provence Construtora, que também realizou obras na Praça do Professor, em São Bernardo, que apresentaram rachaduras e tiveram de ser refeitas no ano passado –, tinha prazo de validade por 12 meses, encerrando-se em janeiro. Sem direito a renovação ou aditamento, outra licitação foi aberta em dezembro. O resultado, anunciado no mês seguinte, sagrou a Ponto Forte Construtora e Empreendimentos como vencedora do certame. No decorrer dos trâmites, a obra foi interrompida. O período de chuvas também implicou na paralisação.
Já a ampliação está a cargo da Milanez Construtora. O projeto custará R$ 454.137,58, sendo que o Ministério da Saúde repassará o valor de R$ 416.530 e o restante é contrapartida do município. Já a reforma tem investimento de cerca de R$ 1 milhão.
Enquanto a obra não é concluída, pacientes do PA Central (média de 400 atendimentos por dia) vão, a maioria, para a UPA Central, devido à proximidade entre os equipamentos. Com isso, o local que já era cheio, ficou ainda mais. Na tarde de ontem, o aposentado Antônio Walter Barbosa, 64 anos, esperava há duas horas e meia para passar com o clínico geral. “Ouvi gente falando que estava esperando há quatro horas. Se era para entregar o PA Central neste mês e não entregou, a reforma foi mal planejada. A gente que precisa tem que vir onde já é lotado e acaba sobrecarregando mais”, reclamou.
O secretário de Saúde ressalta que o principal ganho que a transformação em UPA trará aos pacientes é a ampliação em leitos para atendimentos de emergência, onde ficam pacientes de risco. “Serão seis leitos totalmente equipados como se fosse UTI (Unidade de Terapia Intensiva). A pessoa será atendida na UPA com toda a segurança até conseguir transferência para um hospital de referência”, ressalta. “Estamos também ampliando a metragem para poder melhor acomodar o público. Toda a parte de apoio que funcionava no térreo vai para o andar superior, dando lugar ao atendimento direto aos pacientes. A UPA organiza a urgência e emergência”, concluiu Duarte.
Mais duas unidades seguem em obras para virar UPAs na cidade
Além do PA (Pronto Atendimento) Central, outros dois equipamentos de Santo André com a mesma característica estão em processo de obras para se transformar em UPAs (Unidades de Pronto Atendimento).
Sem necessidade de paralisação dos serviços, o PA Bangu passa por reforma desde setembro. A unidade receberá, entre outros ganhos, uma sala de urgência. Já no PA Vila Luzita, a reformulação foi iniciada no fim de janeiro e o serviço não está interrompido em sua totalidade.
Para a transformação dos PAs em UPAs, a primeira parcela dos recursos, vinda do Ministério da Saúde, foi repassada em agosto de 2013, no valor de R$ 4,4 milhões. A Prefeitura aguarda o encaminhamento da segunda parcela.
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